O aclamado diretor recorreu ao suicídio, decisão que já havia esclarecido em 2014. “Se estiver doente demais, não tenho vontade alguma de ficar sendo arrastado em um carrinho de mão”
Por Redação ES Brasil
O falecimento de Godard foi confirmado pela esposa do cineasta francês. “Jean-Luc Godard morreu pacificamente em casa, cercado por entes queridos”, informou o comunicado enviado à imprensa francesa por seus familiares.
Segundo informações também comunicadas pela família de Jean-Luc Godard, e confirmada por pessoas próximas da família e do próprio diretor de cinema, ao jornal francês Libération, o cineasta teve acesso a suicídio assistido, prática legalizada na Suíça. “Ele não estava doente, apenas esgotado. Foi decisão dele e é importante que se saiba”, disse a família ao jornal.
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Diretor de ‘Acossado’ (1960) e ‘O desprezo’ (1963) e mais de 40 longas-metragens ao longo de 70 anos de carreira, Godard trouxe inovações ao cinema mundial e influenciou produções cinematográficas ao longo das décadas que se seguiram. No entanto, o cineasta já havia esclarecido, em uma entrevista de 2014, que poderia buscar o suicídio assistido. “Não estou ansioso de perseguir a qualquer preço. Se estiver doente demais, não tenho vontade alguma de ficar sendo arrastado em um carrinho de mão”, explicou.
O suicídio assistido é um procedimento legalizado na Suíça desde 1942, desde que os motivos não sejam egoístas. Esse tipo de recurso é diferente da eutanásia, que não é permitida no país. A principal diferença entre as técnicas é a liberdade de decisão do paciente e quem realiza o ato final. No Brasil, a ação é considerada crime.
Com informações de Reuters e Agence France Press.