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sábado, 27 abril, 2024

PIB capixaba apresenta retração no primeiro trimestre de 2020

De acordo com o IJSN, em relação ao mês de abril de 2019, o setor de serviços foi o que mais apresentou queda

O PIB capixaba sofreu retração no primeiro trimestre de 2020. A apresentação dos dados referentes a segunda quinzena de março foram apresentados por meio de coletiva de imprensa realizada pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) nesta quarta-feira (17).

A análise foi feita baseada em quatro no primeiro trimestre de 2020, o PIB capixaba
recuou -1,2% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, com ajuste para sazonalidade. Já no acumulado do ano, o recuo foi de -1,7%.

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Em relação ao mês de abril de 2019, o setor de serviços teve uma queda de 58,3% neste ano. Houve um decréscimo de -10,7% em serviços prestados às famílias e -4,1% em
serviços de informação e comunicação.

De acordo com o coordenador de Estudos Econômicos do IJSN, Antônio Ricardo Freislebem da Rocha, o que está segurando a economia capixaba é o comércio varejista, que apresentou o crescimento de 4,4%. Os supermercados e hipermercados cresceram cerca de 5,1%.

O diretor presidente da entidade, Pablo Lira, destaca que a economia capixaba apresentava sinais positivos, mas foi impactada com a pandemia do novo coronavírus. “A nossa economia vinha se recuperando ao longo do final de 2018, inicio de 2019, mas não tinha se consolidado. Mas no primeiro trimestre de 2020, sofremos os impactos da economia no país e no Estado. Buscamos avançar nisso”, disse.

Outros setores

Já o setor industrial apresentou retração de -13,3%. A indústria de Transformação apresentou -1,2% e a Indústria Extrativa -25,5%. O setor de Petróleo e Gás também apresentaram recuo e o de Rochas 3,4% de retração.

De acordo com Antônio Ricardo, foram várias as causas para a queda. “Por conta de vários episódios, a indústria teve prejuízos. Por conta da tragédia de Brumadinho, por exemplo, a Vale teve problemas em arrecadação. Também houve dificuldade de chegar insumos, além do período das fortes chuvas no início do ano, e outras causas”, disse o coordenador.

A produção agrícola teve baixas também. Foram registrados Café Conilon (-6,4%), o Café Arábica (+33,4%), Pimenta-do-Reino (+7,5%), Tomate (-2,2%), Banana (+2,9%), Mamão (+8,3%), Cana-de-Açúcar (-6,9%), Cacau (+2,7%), Coco (+0,6%) e Abacaxi (-16,2%).

Antônio Ricardo informou, ainda, que no acumulado em 12 meses, a inflação teve aumento de 2,8%. O resultado está distante da meta do Banco Central que é 4%.

Empregos

Segundo o IJSN, os setores que mais empregaram foram a Construção Civil, com 1.194 vagas e a Indústria, com 993. Houve queda no setor de serviços -192 e no comércio -2.795.

O presidente da Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José Lino Sepulcri, que participou da coletiva, os números não são satisfatórios, mas eram esperados. “Não era o número que estávamos esperando, mas é uma realidade em que estamos vivendo diante da pandemia. A exposição deles refletem o impacto que estamos vivendo”, acrescentou.

Sepulcri afirmou que com os estabelecimentos fechados desde 20 de março, os prejuízos e o desemprego são altos. “Nós da Federação do Comércio sempre formos aliados do governo para ajudar a preservar vidas, principalmente dos menos favorecidos e sempre acatamos as decisões e achamos que essa pandemia seria passageira, mas vamos para três meses do comércio fechado. Tivemos um número bastante elevado de demissões. Não era nossa intenção que isso acontecesse, mas se o comércio fica muito tempo fechado, os empresários não tem como arcar as contas”, pontuou.

Segundo ele, a situação foi mitigada com as ações do governo federal. “Tivemos a sensibilidade do governo federal em postergar o período de férias dos funcionários, um incentivo pequeno, mas que ajudaria a população menos favorecida. Essas iniciativas minimizaram um pouco os efeitos negativos da pandemia”, finalizou.

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