O Boletim da economia criativa no Estado apresenta dados sobre a faixa etária dos trabalhadores, renda mensal e faixa etária
Por Amanda Amaral
O Boletim da Economia Criativa no Estado referente ao 3º trimestre de 2022, divulgado este mês, apresenta o perfil dos trabalhadores do segmento no Espírito Santo. A maioria atua no setor privado, tem ensino médio completo e possui entre 30 e 39 anos.
Atualmente, os trabalhadores ligados a produção de arte, cultura, mídia e design no Espírito Santo, somam 162,4 mil pessoas, 8,1% do total da população ocupada, segundo o Instituto Jones Santos Neves (IJSN), responsável pela publicação.
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Houve crescimento com relação à ocupação no segmento de 3,1% na comparação entre o 3º trimestre de 2022 e o de 2021. Mas na comparação com o trimestre imediatamente anterior, houve redução de 2,1%.
Assim, com relação às demais Unidades da Federação (UFs), o Estado está em 19º lugar entre os que possuem mais pessoas atuando com economia criativa, o que representa 8,2%. O número fica abaixo da média da Região Sudeste (10,4%) e do Brasil de 9,3%. A liderança entre os estados brasileiros é do Rio de Janeiro (12,3%), seguido por São Paulo (11,0%) e Distrito Federal (10,4%).
Rendimento real
O rendimento real de quem atua na área, considerando apenas o trabalho principal, foi de R$ 2.242,54 no período, abaixo do praticado no país (R$2.744,17), com queda de 3,3% na comparação entre o 3º trimestre de 2022 e 2021.
Na mesma base de comparação, houve aumento para o número de pessoas ocupadas no setor criativo, tanto no Brasil quanto no Sudeste, com variações de +10,6% e +11,2%, respectivamente.
Posição na ocupação
Das pessoas que trabalham em segmentos criativos no Espírito Santo, 90,5% ou são trabalhadores do Setor Privado (53,8%) ou são Conta Própria (36,7%). A análise da equipe do IJSN comparou ainda a participação de quem não atua na economia criativa.
“No caso das pessoas que trabalham no Setor Privado, é possível notar uma participação maior dos ocupados nesta condição em contraposição às demais atividades, classificadas como não criativas (50,8%). Neste trimestre, também continua havendo uma participação maior de Empregadores no segmento criativo em relação ao não criativo, com o primeiro registrando uma participação de 7,2% e o segundo de 4,7%”, destaca o Boletim.
Escolaridade e faixa etária
Em relação ao nível de escolaridade, a maior parcela das pessoas que trabalharam nos segmentos da economia criativa, no 3º trimestre de 2022, possuía o ensino médio completo (35,2%). As pessoas com ensino superior, por sua vez, apareceram como segundo principal grupo (22,2%).
A distribuição etária das pessoas ocupadas nas atividades criativas apresentou, no 3º trimestre de 2022, uma estrutura semelhante aos demais segmentos da economia em que a maior parcela de ocupados têm entre 30 e 39 anos (23,2%), de acordo com o Boletim da Economia Criativa.
Economia criativa
As atividades econômicas consideradas criativas abrangem manifestações humanas ligadas à arte em suas diferentes modalidades, seja do ponto de vista da criação artística em si, como pintura, escultura e artes cênicas, seja na forma de atividades criativas com viés de mercado, como design e publicidade. Atualmente, a Economia Criativa é considerada como importante vetor de desenvolvimento em nível mundial, com grande potencial de geração de renda.
Confira o Boletim da Economia Criativa na íntegra clicando aqui.
Perfil das pessoas que atuam com atividades da economia criativa no ES:
Posição na ocupação
Conta-própria – 36,7%
Empregado no setor privado – 53,8%
Empregado no setor público – 0,4%
Empregador – 7,2%
Nível de instrução
Fundamental completo – 7,4%
Fundamental Incompleto – 17,3%
Médio completo – 35,2%
Médio Incompleto – 07,2%
Sem instrução – 1,1%
Superior completo – 22,2%
Superior Incompleto – 9,6%
Faixa etária
14 Anos – 0,2%
15 a 17 Anos – 1,9%
18 a 24 Anos – 16,4%
25 a 29 Anos – 13,6%
30 a 39 Anos – 23,2%
40 a 49 Anos – 20,9%
50 a 64 Anos – 19,2%
65 Anos ou mais – 4,6%
Fonte: Instituto Jones Santos Neves (IJSN).