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domingo, 28 abril, 2024

Médica capixaba é campeã mundial master nos 100m Borboleta

A médica e atleta Rovana da Silva Agrizzi alcançou o título brasileiro na competição de 100m no nado Borboleta

Por Andressa Ribeiro*

Médica cardiologista e nadadora, a capixaba Rovana da Silva Agrizzi conquistou o título do Brasil no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos Masters, na categoria 50+, nos 100m Borboleta. A competição ocorreu entre os dias 23 de fevereiro e 3 de março, em Doha, no Qatar. O campeonato é a maior competição aquática para atletas com 25 anos de idade ou mais, com duração de dez dias.

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Em entrevista exclusiva concedida ao portal ES Brasil, Rovana contou com mais detalhes sobre sua jornada no esporte, sua participação no Mundial e as dificuldades em conciliar a rotina como médica e atleta. Além disso, a nadadora também falou sobre os desafios enfrentados após as duas gestações de alto risco que passou e compartilhou suas expectativas em relação às próximas competições.

ES Brasil – Como você se preparou para o Mundial de Esportes Aquáticos Masters, especialmente considerando sua rotina como médica?

Eu já venho nadando de forma competitiva há alguns anos. Eu fui atleta federada, nadei até o juvenil e o universitário. Depois, passei por duas gestações de alto risco com parto complicado. Quando eles cresceram um pouco, veio a minha vontade de participar da natação master. Tinham vários colegas que estavam treinando e indo viajar, competir, e isso aflorou em mim. Vendo como estava sendo legal a participação deles, aí eu resolvi voltar a treinar.

Quais foram os principais desafios que enfrentou ao conciliar sua carreira na medicina com o treinamento para a competição?

Eu já faço uma coisa que é bem difícil e desgastante, que é ser médica. Os treinamentos são realmente bem puxados. Então, uma coisa me desgasta muito fisicamente e a outra  mentalmente e emocionalmente. A principal dificuldade é o tempo e o cansaço físico para poder fazer tudo.

Você seguiu algum tipo de plano de treinamento específico? Se sim, poderia compartilhar um pouco sobre ele?

Com toda certeza, não dá para fazer esporte em nível competitivo sem ter um planejamento específico. Então, a gente tem preparo físico dentro e fora da água, tem uma dieta que precisa ser seguida, uma suplementação que não é nada de outro mundo, mas tem algumas coisas importantes para fazer. A coisa que eu tenho mais dificuldade é dormir cedo para ter as horas de sono adequado. E também eu fiquei vários meses sem álcool.

Durante o campeonato, como você avalia seu desempenho em relação às suas expectativas?

“A primeira prova que eu nadei foi o 100m livre, que eu fiquei em sexto, mas consegui abaixar meu tempo. Talvez, se eu tivesse ficado um pouco mais tranquila, eu teria performado melhor, mas faz parte. Não sou só eu, é uma coisa mais geral. A primeira prova que você faz você ainda está meio nervoso mesmo.”

Houve algum momento marcante durante a competição que você gostaria de compartilhar?

O momento marcante foi realmente os 100m borboleta. Foi um momento bem especial porque consegui executar naquele momento o que foi planejado, tudo o que tinha sido treinado. Mesmo que eu não tivesse ganhado, se tivesse feito tudo direitinho, já teria abaixado meu tempo, já teria melhorado, já teria feito melhor do que no ano passado, já teria ficado bem feliz.

Você tem planos de participar de outras competições ainda este ano? Como está lidando com a expectativa e ansiedade para os próximos desafios que estão por vir?

Eu tenho perspectiva de participar, no final do ano, de um outro campeonato, possivelmente na Argentina. Estou esperando eles definirem as datas e a programação, mas o pessoal do Brasil já está pensando em ir.

*Estagiária sob supervisão de Erik Oakes

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