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segunda-feira, 6 maio, 2024

Marcos do Val apresenta licença médica e deixa CPMI

Do Val passou mal após encontro com presidente da sigla na última terça-feira; Senador indicou novo nome para a CPMI

Por Redação

O senador capixaba Marcos do Val (Podemos-ES) se afastará das atividades da CPMI que investiga os atos golpistas do dia 8 de janeiro, que resultaram no ataque à Sede dos Três Poderes, após apresentar um quadro de mal estar na noite da última terça-feira (20). A informação foi confirmada pela assessoria do parlamentar, que informou que a licença foi requisitada por orientação médica.

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Na última semana, Do Val foi alvo de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) a mando do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Na noite de ontem, o senador se encontrou com a presidente do Podemos, Renata Abreu (SP), em busca de apoio jurídico. Logo após a reunião, o parlamentar precisou receber atendimento médico no Senado, após uma taquicardia.

Com o afastamento da Comissão Mista de apuração confirmado na tarde desta quarta-feira (21), o senador estabeleceu como condição para seu licenciamento que sua vaga seja preenchida pelo senador Marcos Rogério (PL-RO). A alegação do capixaba é de “que mesmo não sendo do seu partido, que é detentor da vaga na CPMI, [Marcos Rogério] é conhecido pela sua defesa dos ideais conservadores e do Brasil”, segundo a nota.

“O senador Marcos do Val buscará restabelecer a sua saúde o mais breve possível, para então voltar às suas atividades parlamentares com ânimo e combatividade renovados”, diz o texto enviado pela assessoria.

Entenda o caso

Na última quinta-feira (15), a PF realizou buscas em diversos endereços relacionados ao senador capixaba Marcos do Val (Podemos-ES), incluindo o seu gabinete no Congresso Nacional, em Brasília. Os mandados foram cumpridos na capital federal e no Espírito Santo.
A autorização judicial para a ação foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes também determinou que o senador preste depoimento, ainda sem data definida.

O parlamentar é investigado por obstruir investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. A operação foi fundamentada em indícios encontrados em postagens do senador nas redes sociais. Do Val compõe a CPMI que investiga os ataques às sedes dos Três Poderes em protesto à eleição do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em fevereiro, o ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura de uma investigação com base no relato do senador Marcos do Val. Segundo o parlamentar, haveria uma suposta articulação de um golpe envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).

Na época, o senador alegou ter participado de uma reunião com Bolsonaro e Silveira, na qual planejavam gravar secretamente o ministro Alexandre de Moraes. O objetivo seria obter alguma declaração que pudesse ser interpretada como admissão de irregularidades no processo eleitoral, a fim de evitar a posse de Lula.

As redes sociais do senador Marcos do Val também foram bloqueadas por determinação de Moraes. O perfil no Twitter, por onde o senador costuma se comunicar com seus eleitores, já aparece como indisponível. No Instagram e Facebook, as páginas do senador encontram-se indisponíveis.

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