Senador capixaba criticou a indicação de Lewandowski para ser o novo ministro da Justiça e apontou relação histórica com o PT
Por Robson Maia
O senador capixaba Magno Malta (PL-ES) usou suas redes sociais para criticar a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de nomear o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, como novo ministro da Justiça. O parlamentar capixaba citou ainda um suposto histórico de decisões favoráveis do magistrado para ações do Partido dos Trabalhadores.
Durante a mensagem publicada, Malta começa citando o apoio anunciado pelo Governo Federal à ação internacional que condena as ações de Israel na guerra contra a Palestina. Segundo Malta, o povo brasileiro é contrário à medida e estaria ao lado dos israelenses no conflito que envolve a Faixa de Gaza.
“Nenhuma novidade nessas manchetes que estão no mundo inteiro. O Brasil apoia a África do Sul quando ela se dirige ao Tribunal de Haia para acusar Israel, vítima da guerra. O Brasil não. Nós brasileiros amamos Israel. Nós somos um país cristão e conservador. Aliás, a perseguição não é só pros judeus. A perseguição é para cristãos também […]. E nós temos um presidente que diz que sente orgulho de ser comunista”, diz Malta em tom de revolta.
A partir daí, o presidente do PL no Espírito Santo ataca a decisão do petista em nomear Lewandowski para ocupar a pasta que, até então, era chefiada por Flávio Dino, que faz o caminho inverso e segue para a Suprema Corte.
“O Flávio Dino foi aprovado no Senado com o meu voto contra. [O Lula] Dizendo que estava feliz porque até que enfim colocou um comunista dentro do Supremo Tribunal Federal. Bom. Não temos nada de novo nessa história. Até porque o Lewandowski agora é ministro da Justiça. Saiu e se aposentou do Supremo Tribunal Federal? Quase todas as decisões desse cidadão ao longo dos anos que lá esteve foram a favor do PT. Esse cidadão se reuniu com o MST. Veja, um ministro da Suprema Corte. O que é o MST? É um grupo terrorista. Mas tratado também como um grupo de resistência. No Brasil, terroristas são pessoas de bem”, questiona Malta.
O senador, no fim, ainda envia uma mensagem aos israelenses, reafirmando seu apoio ao povo judeu no conflito e afirmando que representará contra a decisão do Governo Federal.
“Então, povo judeu, o povo de Israel, saibam que eu sou Magno Malta, senador da república, e falo em nome de milhões de brasileiros. Nós amamos Israel. Nós estamos juntos. Nós respeitamos e apoiamos. A posição é dele [Lula], do partido dele e dos comunistas, dos que estão em volta deles, do conselheiro em assuntos internacionais, seu ex-ministro das Relações Exteriores, o comunista, Celso Amorim”, finaliza Malta.