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quinta-feira, 28 março, 2024

Mais Empatia, Por Favor

“Ele não quer se matar, não. Só quer aparecer”; “Ah, é só um ‘noia’ morador de rua fazendo graça”; “Empurra logo”.

Dia desses, levei quase três horas para chegar em casa. Teve gente que levou até mais, é verdade. Optei pela Segunda Ponte. Havia essa alternativa, afinal. Mais demorada, mais cansativa, mas era uma alternativa. Em momento nenhum – e fico em paz por isso – faltou-me empatia por aquela pessoa que estava lá, na Terceira Ponte, “noiada” ou não, como julgaram. Nem sabemos a real história, o que a levou até lá. Desejei durante todo o tempo que o desfecho fosse o melhor possível. Cheguei em casa e expliquei ao Arthur, meu filho de 7 anos, a situação. Disse que era preciso compaixão e paciência em momentos assim.

Esquema de resgate ineficiente? Não sei. Não sou capaz de julgar. O que sei é que essas equipes sempre se empenham muito em salvar vidas e são preparadas para isso. Autoridades devem ser cobradas sobre medidas preventivas? Claro! Necessário. Faltam políticas públicas? Certeza que sim. Aliás, falta é muita coisa. País praticamente em coma, sabemos. Mas muita certeza também eu tenho, infelizmente, de que nos falta humanidade. E ter humanidade, vale lembrar, independe de política. Você é cristão ou se diz cristão? Está lá, na Bíblia, em Mateus: “Os sãos não necessitam de médico, mas sim, os doentes. Portanto, ide aprender o que significa isto: ‘Misericórdia quero, e não sacrifícios’”. E nem é preciso muita religiosidade para ter essa compreensão.

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Não importa quem seja ele. Precisava (precisa) de ajuda. E quem ainda não consegue entender isso, definitivamente, também necessita. Porque anda sofrendo de um grave mal chamado desamor.

Mais Empatia, Por FavorEMPATIA
Com origem no termo em grego “empatheia”, que significava “paixão”, a empatia sugere uma comunicação afetiva com outra pessoa. É um dos fundamentos da identificação e compreensão psicológica de outros indivíduos. A partir dele, surgem atitudes compassivas, parcerias, comunidades, ações humanitárias, projetos solidários, que expressam o sentimento de compaixão pelo que o outro sente, não importa quem seja. É um exercício necessário! E talvez a única forma de começarmos a construir um mundo mais justo.

 

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