Proposta protocolada na Ales prevê ações de combate e atuação em casos de esporotricose, doença causada por fungos que atinge principalmente animais
Por Robson Maia
Um Projeto de Lei em tramitação na Assembleia Legislativa (Ales) institui a Politica Estadual de Prevenção e Combate à Esporotricose – doença que causa risco à saúde humana provocada por fungos presentes no solo e materiais orgânicos. A medida é de autoria da deputada estadual Janete de Sá (PSB).
Na proposta de Janete, a política de combate e prevenção à doença será implementada pelo Estado e opcionalmente pelos municípios capixabas em articulação com a sociedade civil. Dentre as ações previstas para o controle da doença em animais estão o tratamento adequado contra o fungo, a redução das ameaças à saúde e a publicidade visando conscientizar as pessoas sobre os riscos relativos à Esporotricose.
As medidas incluem ainda a distribuição, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), dos medicamentos necessários para o tratamento humano e os remédios veterinários para a recuperação dos animais infectados pelo fungo.
As comissões de Justiça, Saúde, Proteção aos Animais e Finanças emitirão parecer sobre a matéria antes de deliberação pelos deputados em Plenário.
Entenda a doença
A micose, causada pelo fungo da espécie Sporothrix schenckii, era comum em jardineiros e agricultores até o final da década de 1990. Ela é provocada pelo contato do fungo com a pele ou mucosa por meio de feridas decorrentes de contatos com espinhos, palha ou restos de madeiras.
A Esporotricose pode ser transmitida também às pessoas caso sejam mordidas ou arranhadas por animais contaminados pelo fungo, fato que acontece principalmente em gatos, mas não há possibilidade de transmissão entre humanos.
A doença não é considerada grave e tem cura, mas para melhor resultado o tratamento deve ser iniciado rapidamente. A terapia tem duração que varia de três a seis meses, podendo chegar até um ano quando o caso se torna mais grave. O remédio indicado é o antifúngico itraconazol.