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domingo, 28 abril, 2024

Mentor do Prodfor fala sobre Dia Internacional da Qualidade

Para Luciano Raizer Moura, investir em Qualidade é sinônimo de mais produtividade, clientes satisfeitos e bons negócios.

Por Gustavo Costa

Com a definição de “patrimônio mundial” por parte da Organização das Nações Unidas (ONU) a Gestão da Qualidade é celebrada no mundo inteiro na segunda quinta-feira do mês de novembro. O Dia Mundial da Qualidade foi estabelecido em 1990 para trazer a necessidade da reflexão a respeito da importância dela dentro das empresas. E em 2023, comemorado no dia 9, o Dia tem como tema “Qualidade: Concretizando Seu Potencial Competitivo”, sempre abordando o fato de que através da Qualidade as empresas aumentam sua diferenciação e se consolidam no mercado.

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No Espírito Santo, o conceito da Qualidade como diferencial não é novidade. Em 1997, por exemplo, nascia o Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (Prodfor), uma ação conjunta das principais empresas atuantes no Espírito Santo para promover, de modo integrado, o desenvolvimento e qualificação de seus fornecedores de bens e serviços.

De acordo com Luciano Raizer Moura, idealizador do Programa, a Gestão da Qualidade permite às empresas diferencial para atrair clientes e mais eficiência para suprir as demandas do mercado. “É muito importante entendermos a essência da Qualidade. A essência está em como organizar uma empresa, para que ela gere produtos e serviços que irão atender a requisitos, sejam contratuais, estatutários ou legais. Vivemos em um mundo de muitas transformações, de muita diversidade, onde cada cliente deseja ser atendido de maneira especial e diferente. As empresas têm o desafio de se organizar ainda mais, afim de entregar produtos e serviços que atendam às necessidades e requisitos. Nesse momento de reindustrialização, a indústria em geral precisa pensar, pautar e agir em termos de gestão da Qualidade. Com isso, os produtos dessas empresas terão diferencial em relação aos estrangeiros, apresentando modernidade, inovações, gerando resultado. Outro aspecto muito interessante da Qualidade é que ela olha para os processos internos reduzindo problemas, defeitos e não-conformidades. Isso permite à empresa melhorar a sua eficiência. E uma empresa eficiente consegue trabalhar com custos menores e mais competitividade”, explicou.

Tal é a importância da Qualidade nas rotinas de um negócio que Raizer diz que se uma empresa não investe ela está aceitando a ineficiência, produtos não conformes, reclamações de clientes. “E isso tudo levará a perdas. Essas perdas podem ser na imagem, passando uma percepção ruim para clientes, que buscarão outras opções melhores e mais competentes; e também financeiras, com a empresa sendo muito custosa e demandando mais material e mais pessoal para exercer o mesmo trabalho.  Então do ponto de vista estratégico é muito inteligente pensar que investir em Qualidade melhora a relação com os clientes, faz com que outros clientes apareçam, e diminui custos e retrabalho”, disse.

Grandes empresas e fornecedores locais alinhados no Estado

Em terras capixabas, a Qualidade deu uma grande vitrine para empresas de todos os portes. De acordo com Raizer,o Programa é um marco na indústria do Espírito Santo. “Conseguimos convencer as maiores empresas com atuação no Espírito Santo –  como Vale, Arcelor, Petrobras, Suzano e Garoto, entre outras  –  a se unirem e promover o desenvolvimento e qualificação de fornecedores de maneira integrada. Então, ao invés de cada um cuidar da sua cadeia de suprimentos, tivemos o entendimento de que seria racional fazer de maneira unificada. Foi algo inédito, nunca grandes empresas tinham se unido, de maneira comum, para desenvolver os seus fornecedores. Conseguimos estruturar o Programa e ao longo de mais de 25 anos ajudamos  centenas de empresas de todos os portes, e que são fornecedores das grandes mantenedoras, a melhorar a sua gestão, sua organização, sua competitividade”.

O Programa conta atualmente com mais de 750 fornecedoras qualificadas dos mais variados segmentos, que ganharam mais oportunidades de novos negócios. Segundo o fundador, na última estimativa realizada junto às grandes empresas, no Espírito Santo as mantenedoras compram por ano cerca de R$ 10 bilhões. “É muito dinheiro na nossa economia, e boa parte disso ficará aqui, para as nossas fornecedoras: antes do Prodfor o percentual era 2%, hoje chega a 60% de produtos e serviços contratados junto a fornecedores locais. Isso só foi possível com o Programa, que levou boa gestão para os fornecedores, que gerou confiança e consequentemente, negócios”, finalizou ele.

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