Ferramenta produzida pelo Observatório da Indústria vai conectar ações da política industrial com as oportunidades no ES
Redação
A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), por meio do Observatório da Indústria, lançou o Painel da Nova Indústria Brasil (NIB), programa que traz o setor industrial para o centro da estratégia da política nacional. A ferramenta é a primeira do país a reunir informações e estruturá-las de forma a conectar as ações previstas com a realidade e as oportunidades existentes no Estado.
O lançamento aconteceu no último sábado (9), durante o Meeting de Líderes Industriais 2024, em Pedra Azul. De acordo com a instituição, o painel busca retratar, de maneira estruturada e com uma visualização simples, os elementos que compõem a nova política industrial brasileira, por meio de dados oficialmente disponíveis. A partir desta ferramenta, o usuário poderá conhecer o plano de ações desenhado pelo governo federal para viabilizar a neoindustrialização nacional.
A gerente executiva e economista-chefe da Findes, Marília Silva, destacou que o painel irá auxiliar o planejamento das indústrias capixabas que buscam incorporar a política nacional nas suas estratégias. “Fizemos um esforço técnico de sistematizar as informações da NIB em um painel dinâmico e intuitivo, que busca facilitar o acesso dos industriais às informações e iniciativas do governo federal em cada uma das seis missões.”
A Nova Indústria Brasil foi o tema principal do Meeting de Líderes Industriais deste ano, que reúne empresários e lideranças do Estado e do Brasil, de 08 a 10 em Pedra Azul, Domingos Martins.
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Atividade econômica cresce 0,1% em outubro - O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o Comitê de Política Monetária (Copom) O presidente da Findes, Paulo Baraona, destacou a importância de trazer o tema para o centro das discussões. “Com a NIB, temos a oportunidade de redesenhar e fortalecer as bases da economia industrial. Se olharmos mundo afora, a indústria foi a grande responsável por transformar nações que são hoje grandes potências. Inglaterra, Estados Unidos e mais recentemente os países asiáticos tiveram relevantes saltos socioeconômicos graças à indústria.
Para Baraona, ter uma política industrial estruturada mostra que o país está olhando para a indústria e dando ao setor o valor que realmente tem. “É importante relembrarmos sempre que fazer política de desenvolvimento industrial é o que vai ajudar o país a crescer, se fortalecer e gerar oportunidades, não só para a indústria, mas todos os setores econômicos”, afirmou o presidente da Findes.
Realizado pela Findes e pelo Cindes, a programação de sábado (09) contou com palestras do economista Paulo Gala; do secretário de desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços (MDIC), Uallace Moreira Lima; e do superintendente da Área de Desenvolvimento Produtivo e Inovação do BNDES, João Paulo Pieroni. O encontro também apresentou uma mesa redonda com o governador em exercício, Ricardo Ferraço; com o vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Léo de Castro; e o diretor-presidente do Bandes, Marcelo Saintive.
A Nova Indústria Brasil (NIB)
Para viabilizar a execução da política, a NIB está organizada em seis missões que se articulam em um conjunto de princípios que são transversais e que estão articuladas com outras políticas públicas — como as de educação, ciência e tecnologia, e meio ambiente — do país. Esse desenho da política visa garantir que a sua implementação ocorra de maneira sistêmica, ou seja, esteja alinhada a outras políticas nacionais de desenvolvimento do Brasil.
Conheça as seis missões da NIB:
- Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar, nutricional e energética.
- Complexo econômico industrial da saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso à saúde.
- Infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e o bem-estar nas cidades.
- Transformação digital da indústria para ampliar a produtividade.
- Bioeconomia, descarbonização, e transição e segurança energéticas para garantir os recursos para as futuras gerações.
- Tecnologias de interesse para a soberania e a defesa nacionais.
Cada missão agrupa uma série de instrumentos, que são ferramentas utilizadas pelo governo para alcançar os objetivos de cada missão. Os instrumentos estão agrupados em: financeiros, ambiente de negócios, compras governamentais e específicos. As missões, bem como seus instrumentos e demais elementos que compõem a política podem ser acessados a partir do Painel da Nova Indústria Brasil.
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