25.5 C
Vitória
sexta-feira, 26 abril, 2024

ES: Endividamento chega a 77,5%, o maior em 12 anos

Presidente do Corecon-ES comenta sobre os dados do endividamento e alerta as famílias sobre dívidas

Por Amanda Amaral

A taxa de inadimplência nos lares brasileiros bateu recorde. É o que indica a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que aponta que 77,5% das famílias possui dívidas, sendo em atraso ou não. É o maior percentual desde o início do levantamento, em 2010.

- Continua após a publicidade -

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) foi divulgada na quinta-feira (31). De acordo com os dados, em fevereiro, o percentual era de 76,6%. Já em março do ano passado, a taxa era de 67,3%.

“A inflação tem chegado com muita agressividade impactando o orçamento, já que as famílias continuam mantendo o mesmo nível de rendimento, pois o salário não está acompanhando o índice da inflação. Aí, são duas opções, ou elas passam a consumir menos, ou conseguem manter um certo nível de consumo, mas recorrendo a financiamentos e créditos”, explicou o presidente do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES), Claudeci Pereira Neto.

Vilões do Endividamento

O cartão de crédito (87%), por exemplo, está entre os maiores motivos para o endividamento no país, segundo a Peic. Em seguida, os carnês (18,7%), o financiamento de carro (11,2%), o crédito pessoal (9,4%) e o financiamento de casa (8,6%).
“É muito arriscado, pois a inflação continua alta, corroendo o poder de compra dos trabalhadores. Além disso, o Governo Federal vem aumentando a taxa de juros com o intuito de inibir o consumo, então o mais indicado para as famílias seria diminuir os gastos”, comentou o presidente do Corecon-ES.

Nome Negativado

ES: Endividamento chega a 77,5%, o maior em 12 anos
O economista Claudeci Neto alerta para o alto índice de inflação. Foto: Divulgação/Corecon-ES

O percentual de inadimplentes, ou seja, famílias com contas ou dívidas em atraso, chegou a 27,8%, o segundo maior percentual da pesquisa, ficando abaixo apenas daquele registrado no primeiro mês da Peic, em janeiro de 2010 (29,1%). Em fevereiro, taxa ficou em 27% e em março de 2021, 24,4%.

Já as famílias que não terão condição de pagar suas dívidas e contas em atraso somam 10,8%, acima dos percentuais de fevereiro deste ano e de março do ano passado (ambos 10,5%).

“Os percentuais são elevados, isso quer dizer que o país está com problemas estruturais como o desemprego e alta da inflação, impactando o poder de compra. Essa pesquisa considera nos 77,5% as pessoas que têm dívidas, em atraso ou não, mas o fato é que se as famílias continuarem a se endividar, em algum momento muitas vão negativar e ter o nome incluído na Serasa ou SPC”, disse Claudeci Neto.

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Matérias relacionadas

Continua após a publicidade

EDIÇÃO DIGITAL

Edição 220

RÁDIO ES BRASIL

Continua após publicidade

Vida Capixaba

- Continua após a publicidade -

Política e ECONOMIA