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sábado, 27 abril, 2024

ES e PIB Regional do Sudeste: Mensagens para postulantes a Capital Humano

Se o Espírito Santo persistir na direção e intensidade que chegou até aqui, pode ir se preparando para ampliar sua participação relativa na economia do Sudeste

Ainda que não totalmente completo, o IBGE liberou algumas estatísticas do PIB Regional que merecem ser lidas. Os dados divulgados em 2023 são de 2021 e informam que, em termos per capita:

Os Rendimentos nominal mensal per capita dos estados do Sudeste foram, respectivamente: R$1.723,00 no Espírito Santo; R$1.529,00 em Minas Gerais; R$1.971,00 no Rio de Janeiro; e R$2.148,00 em São Paulo.

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Olhando pelo ângulo do Espírito Santo, é gratificante encontrar que, em média, a remuneração dos trabalhadores do setor privado dos estados do Sudeste está próxima à dos outros estados – estatisticamente maiores – que o Espírito Santo.

Ou seja, o ES está com fôlego para acompanhar seus pares. E, se persistir na direção e intensidade que chegou até aqui, pode ir se preparando para ampliar sua participação relativa na economia do Sudeste.

Por outro lado, o bloqueio estrutural de crescimento econômico sugere que permanece alimentando o vírus do atraso econômico e social, trazido pela baixa qualidade do Ensino Básico no País. Observando as notas do IDEB (Inicial e Final) em todos os estados do Sudeste – São Paulo inclusive – houve queda nas notas das provas finais em relação às iniciais. Significa que a sistemática de ensino não está evoluindo o aprendizado do aluno concluinte – ao invés de avançar em conhecimento, está regredindo, na fase final do Ensino.

Cioso dizer que as notas do IDEB são indicadores do ritmo de aprendizado do aluno.  Se a nota final é menor que a inicial, esse aluno regrediu, em conhecimento, durante aquele período letivo. E, sendo ele, nesse caso, a capacidade cognitiva para interpretar e responder questionamentos, se as notas dos alunos(as) estão caindo, é porque eles não apreenderam a informação/conhecimento abordados em sala de aula.

Adicionalmente, caso esse aluno(a) tenha pretensão de ingressar no Ensino Superior para ter formação que lhe dê melhores remunerações, e qualidade de vida; o fato de que em escolas de São Paulo também há alunos que a nota final do IDEB é menor do que a inicial – não elimina a sinalização que notas finais do IDEB menores do que as iniciais sinalizam deficiências cognitivas que poderão prejudicá-los profissionalmente. E, para o País e até o estado do Espírito Santo, é uma ameaça à formação de Capital-Humano que o ES precisa ter para ofertar vagas para o Ensino Superior.

Cabe destacar que a deficiência cognitiva herdada do Ensino Básico – que é levada para o Ensino Superior – é perfeitamente superada se o estudante encarar essa etapa de sua formação profissional como um meio para melhorar seu raciocínio lógico; que o permitirá compreender os diálogos durante as falas entre pessoas.

Para tornar-se Capital Humano, um estudante precisa habituar-se à leitura e à escrita. São elas que desenvolverão capacidade para interpretar diálogos e interagir neles.

Escola e Ensino são meios para alcançar o Status de Capital Humano.

Arilda Teixeira é doutora em Economia da Indústria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestra em Economia pela Universidade Federal Fluminense. Coordenadora dos cursos de Gestão Estratégica de Negócios e de Gerenciamento de Projetos, da Pós-Graduação da Fucape Business School. É coordenadora do Projeto PIBIC FUCAPE.

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