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sexta-feira, 3 maio, 2024

ES: 171 mil trabalhadores da economia criativa

O Espírito Santo está entre os 10 estados que mais empregam na economia criativa, a maioria dos trabalhadores atua com gastronomia

Por Amanda Amaral

Em 2022 no Espírito Santo, 171 mil pessoas atuavam na economia criativa – atividades ligadas à cultura, design, comunicação, artesanato, eventos, arquitetura, tecnologia da informação, entre outras. O Estado é o 10º no ranking dos estados brasileiros com mais trabalhadores na área, a maioria atuando na Gastronomia.

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Houve um aumento de 5,4% na quantidade de pessoas atuando no segmento na comparação com o trimestre anterior. Na comparação interanual (quarto trimestre de 2021), houve variação negativa de 1%. Já a participação no total de pessoas ocupadas no Estado ficou em 8,6%, número próximo à média nacional, que é de 9,4%.

As informações fazem parte do Boletim Economia Criativa referente ao 4º trimestre de 2022 divulgado esta semana pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) em parceria com a Secretaria da Cultura (Secult) e com dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios – Contínua (PNAD-C).

Ranking entre estados

Em relação ao ranking de Unidades da Federação (UFs), o Espírito Santo apresentou o 10º maior percentual de trabalhadores ocupados nos setores criativos, ganhando nove colocações em relação ao trimestre anterior. O estado do Rio de Janeiro lidera com 12% das pessoas neste segmento, seguido por São Paulo, com 11,4% e Distrito Federal, com 10%.

Em termos de rendimento real recebido nas atividades criativas, considerado apenas o trabalho principal, ocorreu expansão de +4,9% em relação ao trimestre anterior e +1,8% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A média de rendimento por trabalhador alcançou o valor de R$ 2.378,93 no 4º trimestre de 2022, deixando o Estado na 11ª posição na comparação com as demais UFs.

O estudo revela ainda que, das pessoas que atuam em segmentos criativos no Espírito Santo, 55,2% são empregados no setor privado e 36,1% trabalham por conta própria. Nesse último caso, é possível notar maior participação dos ocupados nessa condição em contraposição às demais atividades, classificadas como não criativas (23,6%). No referido trimestre, continua havendo uma participação maior de empregadores no segmento criativo em relação ao não criativo, registrando uma participação de 6,9% contra 4,3%, respectivamente.

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Representantes do IJSN e da Secult apresentaram os dados do Boletim da Economia Criativa. Foto: Divulgação/IJSN

Segmentos e faixa etária

Segundo o coordenador de Estudos Econômicos do IJSN, Antonio Freislebem, a Gastronomia foi o segmento que mais absorveu pessoas ocupadas na Economia Criativa. Ele afirma que o número chegou a aproximadamente 60% dos ocupados no setor em 2022.
Em relação ao nível de escolaridade, a maioria tinha Ensino Médio completo (35,4%), seguido por Superior completo (23,4%) e Fundamental incompleto (17,1%).

Quanto a faixa etária, a distribuição segue estrutura semelhante aos demais segmentos da economia: entre 30 e 39 anos (23,4%), seguida por pessoas de 40 a 49 anos (22,1%).
O destaque fica com a participação de dois grupos: jovens das faixas etárias de 18 a 24 anos e de 25 a 29 anos de idade, representando, respectivamente, 17,3% e 14,3% do total de pessoas ocupadas no setor, contra 11,9% e 10,7% de participação nos demais segmentos da economia.

Demandas do setor

economia criativa
O congo é uma manifestão artística e cultural do Espírito Santo. Foto: Lucas Calazans/Prefeitura de Cariacica

“Essa parceria com o Instituto Jones dos Santos Neves, que produziu dados em torno da economia criativa, é de enorme importância para a Secult. A partir desses dados, podemos compreender melhor as demandas do setor e encaminhar nossas políticas públicas. Desde 2019, temos o programa de economia criativa, o ES+Criativo, com uma série de ações já realizadas e bons resultados. Este momento é uma ótima oportunidade para falarmos um pouco de nossas realizações e do que temos planejado para 2023”, explicou o secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha. O diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira, destacou o caráter inovador da publicação, que permite oferecer um panorama sobre as atividades relacionadas à Economia Criativa.

“Essa publicação traz um rico diagnóstico das atividades ligadas à cultura, design, comunicação e tecnologia da informação, entre tantas outras que compõem o segmento. Estamos vivendo a era da inovação e a gente vê aqui no Estado um desempenho importante da economia criativa, especialmente nos segmentos das TICs, como a gamificação, o desenvolvimento de aplicativos e também soluções no campo das startups. São empresas que se originaram no Espírito Santo e estão fortalecendo o ecossistema da inovação trazendo resultados positivos na geração de emprego e renda”, pontuou.

ES+Criativo

O Programa ES+Criativo, da Secretaria da Cultura (Secult), conta com a participação de 15 instituições, entre órgãos públicos, representações do sistema produtivo e universidades. O programa articula ações entre os parceiros, visando desenvolver e fortalecer a economia criativa no Espírito Santo para impulsionar o crescimento de empreendedores e negócios criativos, a cultura local e incentivar a inovação e a criatividade.

Outra iniciativa da Secult é a instalação do Hub ES+, espaço de inovação que propõe experiências de espaços coworking, com investimento de mais de R$ 3,5 milhões. O Hub ES+ voltado para a geração de negócios criativos e o fortalecimento de empreendimentos.

Pessoas ocupadas171 mil
Média de rendimento por trabalhadorR$ 2.378,93
Empregos do setor privado 55,2%
Trabalham por conta própria36,1%

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