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sábado, 27 abril, 2024

Entenda a importância do CICC no combate à dengue no ES

Circulação dos 4 sorotipos da doença em estados que fazem fronteiras foi um dos fatores para o ES instituir o Centro Integrado de Comando e Controle de Arboviroses

Por Kebim Tamanini

No final de fevereiro, o governo do Espírito Santo decretou estado de emergência em saúde pública devido ao alto índice de casos de dengue, colocando os capixabas entre os primeiros no ranking nacional. A partir deste fato, foi instituído o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) de Arboviroses, que vem reunindo os setores envolvidos para reduzir os impactos que o mosquito vem causando aos capixabas.

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“O Centro de Comando e Controle vai funcionar como um ponto central de gestão, monitoramento e coordenação das atividades relacionadas ao combate à dengue”, afirmou o subcomandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Roger Amaral.

A criação do CICC foi comparada pelos gestores àquela construída durante o período da pandemia da Covid-19, o que colocou o Espírito Santo na vanguarda das ações de proteção à vida naquela época. A ideia inicial é definir soluções e nivelar informações e o uso de recursos.

Além do alto índice de casos de dengue no Estado, a circulação dos quatro sorotipos DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 em estados que fazem fronteira, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e na Bahia, contribuiu para que o governo estadual decretasse emergência e criasse o Centro Integrado. Vale esclarecer que os sorotipos 3 e 4 ainda não foram encontrados em terras capixabas.

O subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, ressaltou que a Sala de Situação monitora a situação epidemiológica das arboviroses por municípios e do Estado como um todo.

As estratégias, que a Sala de Situação está adotando, estão sendo pautadas de acordo com as informações disponibilizadas no Mapa de Risco. Campanhas educativas, preparação do Sistema Único de Saúde (SUS) de forma conjunta em todo o Estado, o fortalecimento da testagem de RT-PCR para o diagnóstico das arboviroses e apoio aos municípios com insumos e orientações são alguns procedimentos que estão sendo realizados.

Confirmação foi feita pelo governador Renato Casagrande durante o Dia D, que contou com a presença da ministra Nísia Trindade na Serra
Agentes de endemias realizando vistas nas residências. Foto: Reprodução

Dengue no ES

O Espírito Santo tem enfrentado uma preocupante epidemia de dengue, com números alarmantes de casos notificados e óbitos confirmados. Até sábado (02), foram registrados 57.749 casos de dengue no estado, com seis óbitos confirmados e outros 11 em fase de investigação. Esses números colocam o estado como o terceiro com mais notificações da doença em nível nacional.

As mortes registradas no estado aconteceram com uma criança de 6 anos em Sooretama, uma pessoa de 71 anos em São Mateus, uma criança de 10 anos em Laranja da Terra, uma pessoa de 40 anos em São Roque do Canaã, uma pessoa de 30 anos em Muqui e uma pessoa de 90 anos em Linhares.

Os números não dão trégua: o Espírito Santo tem uma média de 919 casos notificados por dia, com uma incidência de 945,21 casos por 100 mil habitantes. Dos 78 municípios do estado, 67 estão enfrentando uma “alta incidência de casos”, incluindo a capital Vitória, que possui uma taxa de aproximadamente 761,77 casos por 100 mil habitantes.

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