A estimativa é de que a inflação de 2021 fique em torno de 9,2%, conforme análise do Conselho Regional de Economia (Corecon-ES)
A inflação segue acelerada. Nem a alta da taxa de juros Selic, que passou para 7,75% ao ano, foi suficiente para segurar as estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Pela primeira vez, o índice deve se aproximar de 10% em 12 meses, de acordo com o conselheiro Ricardo Paixão.
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“A inflação atual não é puxada pelo consumo das famílias, até porque elas não estão comprando quase nada, devido ao elevado nível do desemprego”, explicou.
O que sustenta essa aceleração no momento são os custos associados à energia e a combustíveis, de acordo com Paixão.
“Qualquer medida tomada para combater a inflação deve atacar a alta nos preços nas estruturas de custos das organizações. Por isso que a alta na taxa de juros não está produzindo efeitos desejados”, analisou.
IPCA
O IPCA é usado como referência por alguns empresários e comerciantes no reajuste do preço de produtos e de salários. Também por isso, o Banco Central acompanha a evolução do IPCA, para manter a inflação sob controle. Dependendo da variação do IPCA, o Copom – Comitê de Política Monetária, responsável por definir a taxa Selic, pode aumentar ou diminuir a taxa de juros, como um estímulo ou freio ao consumo.