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sábado, 18 maio, 2024

“Direitos Humanos são para todas as pessoas”, pontua Nara Borgo

Secretária de Estado comenta sobre as dificuldades de realizar políticas públicas e conta o que vem sendo feito no ES para proteger quem precisa

Por Kebim Tamanini

Ao despertar pela manhã e realizar nossa higiene pessoal, ao garantir recursos para adquirir alimentos antes de embarcar no transporte para o trabalho, ao desfrutar de momentos de lazer como ir ao cinema e retornar para casa em segurança, em todas essas situações cotidianas, encontram-se intrínsecos uma série de direitos humanos. Entre eles, o direito à moradia, à saúde, ao trabalho, à cultura e, acima de tudo, o direito à vida e à liberdade de viver conforme os próprios desejos.

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Realizar políticas públicas voltadas para os Direitos Humanos não é uma tarefa fácil. Em entrevista exclusiva à ES BRASIL, a secretária de Estado de Direitos Humanos do Espírito Santo, Nara Borgo, relata que construir mecanismos que promovam a igualdade, inclusão e proteção de todos os cidadãos requer uma abordagem multifacetada e colaborativa. Contudo, a gestora estadual pontua que a temática nem sempre tem um apoio social e governamental que dificultam a caminhada.

A atuação dos Direitos Humanos é para todos, porém existem grupos que necessitam de mais proteção por motivos de exclusão por parte de alguns que não aceitam as diferenças e com isso propagam suas convicções no formato de agressões.

“Enfrentamos isso não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Acredito que falta compreensão no que são Direitos humanos e a ausência voltada à educação. Quando tratamos de todos os grupos [mulheres, LGBTs, negros, pessoas com deficiência e outros] a gente também fala de privilégios, por isso uma parcela da sociedade não quer abrir mão ou dividir certos privilégios e conquistas com outros grupos”, explica Nara sobre a falta de afeto com grupos considerados minoritários.

Esses desagravos e não aceitação podem ser notados por meio de números: Brasil registrou 1.463 casos de mulheres que foram vítimas de feminicídio no ano passado – ou seja, cerca de 1 caso a cada 6 horas; os registros de racismo e homofobia (ou transfobia) cresceram mais de 50% no Brasil, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e entre outros dados.

Os dados negativos desses grupos minoritários, que são muitas vezes vulneráveis na sociedade e protegidos pelas políticas dos direitos humanos, são distorcidos e até chamados de ‘criminosos’, sendo eles as próprias vítimas, segundo a secretária de Estado.

“A quem interessa que não haja promoção de direitos humanos e manter este estigma que protege criminosos e que só atua nesta área? Eu esclareço que os Direitos Humanos são para todas as pessoas. […] Infelizmente, esse é um discurso que vende fácil”, reflete Borgo.

Durante a entrevista, Nara Borgo esclarece pontos que estão impactando a sociedade, como por exemplo o fim dos manicômios judiciais, a polarização que assombra o País e o mundo e as políticas públicas voltadas para a promoção dos Direitos Humanos no Espírito Santo que são desenvolvidas pela pasta que realiza a gestão.

Confira a entrevista na íntegra

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