Os deputados estaduais criticaram na Assembleia a decisão do STF que suspendeu o pagamento do piso da enfermagem
Por Josué de Oliveira
Em meio à pauta trancada na Assembleia Legislativa, os deputados estaduais aproveitaram o tempo destinado aos pronunciamentos para protestar contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender o piso da Enfermagem.
Na sentença liminar, proferida no último domingo (4), Barroso dá prazo de 60 dias para que Estados, Municípios e o governo federal informem os impactos da nova legislação em seus respectivos orçamentos.
A deputada Janete de Sá (PSB), que é graduada em enfermagem, afirmou que a decisão de Barroso é um balde de agua fria na categoria.
“O ministro, que é vice-presidente do STF, atendeu uma liminar da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços, em pleno domingo para não dar tempo para as entidades que representam a enfermagem entrarem com mandato de segurança para tentar derrubar a liminar”, criticou.
Sergio Majeski (PSDB) avaliou que o piso nacional dos profissionais da enfermagem está passando pela mesma situação dos professores.
“Quando uma lei é criada se imagina que finalmente aquele problema foi resolvido; ledo engano, a questão do piso da enfermagem prova isso. E a do piso do magistério vem provando há mais de dez anos, e com o silêncio de muitos”, enfatizou.
O deputado Torino Marques (PTB) lembrou que a liminar expedida por Barroso prejudica mais de 11 mil enfermeiros, cerca de 3.400 auxiliares e 35 mil técnicos em enfermagem no Espírito Santo.
Os deputados Doutor Hércules (Patri), Delegado Danilo Bahiense (PL) e Marcos Garcia (PP) também manifestaram apoio aos profissionais de enfermagem e destacaram a relevância social dessas categorias, evidenciada durante o caos na saúde verificado no auge da pandemia.
