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sábado, 27 abril, 2024

Deputados negociam PEC das igrejas com Fazenda

PEC que trata da ampliação da isenção tributária às igrejas sofreu alterações solicitadas pela equipe econômica do governo

O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia a imunidade tributária de entidades religiosas, Dr. Fernando Máximo (União Brasil-RO), e o autor da matéria, Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), finalizaram na manhã desta terça-feira, 19, a construção de um “meio-termo” do parecer com o Ministério da Fazenda. Os deputados vão se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e pedir para que o texto seja votado nesta terça em plenário.

De acordo com o relator, foram feitas duas principais mudanças para atender as demandas da equipe econômica: a retirada da possibilidade dos templos religiosos terem benefícios tributários na aquisição de bens ou serviços necessários à geração de renda e a determinação de que apenas as empresas contempladas na PEC possam pedir “cashback” de imposto, impedindo que outras companhias usem CNPJ das beneficiadas para conseguir vantagens na recompensa de impostos pagos.

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“Eles pediram para trocar (esse trecho) para dar mais segurança para a Receita (…) Empresa que está vendendo material de construção para orfanato, que o orfanato consiga pegar cashback quando for reformar, mas que outras empresas, de má-fé, não possam se utilizar disso utilizando CNPJ (da empresa beneficiada). O orfanato que vai ter de pedir para a Receita o cashback do imposto”, explicou Máximo.

A PEC, já aprovada em Comissão Especial na Câmara, permite que a isenção dos templos religiosos, hoje garantida nas tributações diretas, passe a valer também para as tributações indiretas, como na compra de cimento para obras nas igrejas. Neste caso, seriam abrangidos o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).

O relator voltou a repetir que o impacto fiscal da proposta nas contas da União, por meio da redução no IPI, seria atualmente de algo em torno de R$ 1 bilhão.

Máximo alega que esse impacto será zerado com a aprovação da reforma tributária. Isso porque, segundo ele, o IPI será extinto e o imposto seletivo que será criado, apelidado de “imposto do pecado” – usado para sobretaxar produtos que fazem mal à saúde, como cigarros e bebidas alcoólicas -, não atinge igrejas. “O impacto é tão pequeno e o benefício é tão grande que a receita aprovou, o governo aprovou”, disse o deputado.

A matéria precisa agora ser apreciada no plenário da Casa, onde necessita do apoio de três quintos dos parlamentares – ou seja, um mínimo de 308 votos para ser aprovada, em cada um dos dois turnos de votação. Depois, seguirá para análise do Senado. De acordo com Crivella, a expectativa é promulgar a PEC na semana da Páscoa. Com informações de Agência Estado

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