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sábado, 27 abril, 2024

Cooperativa do Norte implementa sua 1º indústria de torrefação

Com o lançamento de sua indústria de torrefação, a Cooabriel vai industrializar seu próprio café e lançar novos produtos

Por Amanda Amaral 

Em São Domingos do Norte, Espírito Santo, será implantada uma indústria de torrefação, a primeira planta industrial da Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel). Com isso, a cooperativa passa a industrializar seu próprio café, o Café Guardião, processo que antes era realizado por terceiros.

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A iniciativa visa a diversificar as atividades da Cooabriel e buscar novos posicionamentos no mercado para a sua marca própria, com a possibilidade de criação de novos produtos.

O projeto ocupará uma área aproximada de 1.500 metros quadrados, destinados a estacionamento, carga, descarga e galpão industrial. O maquinário será capaz de realizar todas as etapas de industrialização do café, da torra e moagem ao empacotamento e finalização.

Redução de custos e controle

Assumindo o processo de industrialização do Café Guardião, a organização espera obter ganhos importantes como a redução de custos e um controle mais preciso dos processos. Além disso, será possível criar novos padrões de torra e moagem, bem como ajustar a produção conforme a demanda do mercado, segundo a Cooabriel.

Ainda sobre a capacidade de produção, o presidente da Cooabriel, Luiz Carlos Bastianello, comenta que “a princípio o projeto terá uma capacidade de processamento que, embora ainda não seja alta, atenderá à demanda e com potencial para que seja ampliada rapidamente”.

Padrão de Qualidade 

De acordo com a cooperativa, a manutenção do padrão de qualidade dos produtos é um dos grandes objetivos do investimento, especialmente no que se refere à chamada curva de torra. Sobre esse aspecto, a degustadora e Q Robusta Grader da Cooabriel, Júlia Partelli, que estará na gerência do projeto, explica que o processo de industrialização será acompanhado de perto, para que se garanta que os padrões de qualidade sejam mantidos.

“Como todos os processos serão acompanhados diretamente, será possível manter os padrões estabelecidos, especialmente a curva de torra. O café será provado antes mesmo da torrefação, pois será feita a prova de xícara para verificar se há impurezas. Tudo isso para garantirmos a qualidade, desde o café cru até o produto final, já empacotado. Mesmo que algumas características possam variar, por razões climáticas, temperatura ou umidade, por exemplo, haverá um estudo para que se mantenham as características do padrão que foi criado”, explica.

indústria de torrefação
A Cooabriel quer criar novos produtos para sua marca a partir da industrialização em sua própria fábrica. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

De acordo com o superintendente da cooperativa, Carlos Augusto Pandolfi, o investimento é muito importante e será capaz de atender às demandas atuais. “Agora o grande desafio é mostrar para o mercado este momento novo. Estamos trazendo a curva de torra para dentro de nossa casa e, em paralelo, alterando a imagem do café como foi comunicado ao público até agora, ou seja, mudamos a embalagem e também os processos inerentes à produção.”

“Queremos apresentar para o mercado o valor do Café Guardião, que não é só mais um café: é um produto muito diferente, pois tem garantia de ser 100% café, sem impurezas; além de ser composto exclusivamente por conilon, fruto do trabalho de mais de 7 mil famílias, que dependem diretamente da produção do café para sua sobrevivência. Junto a isso, traz em si a confiança de ser produzido por uma cooperativa que tem 2 milhões de sacas de café recepcionadas e que tem café de qualidade para colocar no mercado, oferecendo ao consumidor a segurança que ele precisa”, afirma Pandolfi.

Café conilon

Atualmente, o Café Guardião é comercializado sob as versões tradicional e extraforte. Com o início da operacionalização, há planos para que novos produtos sejam lançados, alcançando novos mercados e seus consumidores. Sobre isso, o superintendente da cooperativa confirma:

“Estamos investindo para posicionar o conilon no mercado e torná-lo ainda mais conhecido e consumido. O capixaba precisa conhecer e passar a consumir e a valorizar um pouco mais o conilon, que é um produto tipicamente do Espírito Santo. Precisamos também falar e mostrar a qualidade desse café para o Brasil e para o mundo e esse é o trabalho que a Cooabriel, através do Café Guardião, começa a fazer”, finaliza Pandolfi.

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