Por Arilda Teixeira
A década de 2020 iniciou sobrecarregada. E, na bagagem vieram, sua agenda para enfrentar os choques inflacionários gerados pela pandemia viral; controlar o descontrolado orçamento fiscal, também agravado pela pandemia; eliminar a inércia do combate à pandemia do COVID-19; corrigir e/ou eliminar o viés Autárquico dos agentes políticos para que se conseguisse inserir a Cooperação como instrumento para garantir a Governança para Administração Pública Brasileira.
Governança é um Conjunto de regras que ao serem aplicadas na empresa dão celeridade e transparência à sua administração. Consequentemente, os direitos e obrigações desses agentes, encarregados de realizar as tarefas que lhes foram passadas. Evita conflitos e preserva a segurança da rotina da empresa e, principalmente, seus resultados.
A pandemia do COVID-19 foi um turnpoint nas rotinas das economias brasileira e mundial.
Por isso, forçou a mudança de comportamento dos agentes econômicos – para se adequarem ao paradigma trazido pela 4ª Revolução Industrial – a tecnologia.
Também abriu espaço para as mudanças estruturais e comportamentais dos agentes econômicos – que a maioria da população brasileira desconhece.
Esse cenário é também um alerta para o impacto que o conhecimento tecnológico provocará nas empresas, e em suas Governanças; assim como nos comportamentos dos agentes econômicos; e em suas capacidades de acesso aos meios de informação.
Conhecendo a baixa qualidade e capilaridade do Sistema de Ensino Público do Brasil, adicionado ao fato de que, segundo estatísticas sobre o grau de instrução dos Brasileiros, dentre aqueles que têm idade para ter concluído o curso superior, em média, somente 20% completam o curso. E, mesmo os que completam, terão dificuldade para acompanhar o nível de conhecimento que está sendo exigido pelo mercado, principalmente, com a disseminação da Inteligência Artificial. Maior parte não terá acesso às oportunidades de trabalho ofertadas.
Para se completarem, a Cooperação e Governança têm que andar em um mesmo patamar (1) Cumprir compromissos assumidos; (2) Apoiar e implementar Projetos de Transformação estrutural; (3) Modernizar modelos de negócios e práticas de gestão financeira; e (4) Reequilibrar relações de poder nas tomadas de decisões para parcerias internacionais.
ESTATÍSTICAS DE DESEMPENHO DAS ECONOMIAS EM DESENVOLVIMENTO:
Países em Desenvolvimento da América Latina em % DE VOLUME DO PIB (2015=100)
BRASIL:
2021 em relação à 2020 = 2,5
2022 em relação a 2021 = 5,5
CHILE:
2021 em relação à 2020 = 3,3
2022 em relação a 2021 = 16,1
COLÔMBIA:
2021 em relação a 2020 = 12,6
2021 em relação a 2022 = 20,9
MÉXICO:
2021 em relação a 2020 = 3
2022 em relação a 2021= 6,1
Os resultados indicam que houve crescimento de % dos PIBs de Brasil, Chile, Colômbia e México. Ou seja, a Governança Funcionou.
Arilda Teixeira é economista e escreve todas às terças-feiras em ES Brasil