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sexta-feira, 3 maio, 2024

Condomínio leiteiro lança nova modalidade de agro no ES

O primeiro condomínio leiteiro do Estado conta com 330 vacas em lactação e a participação de 47 produtores de leite

Por Amanda Amaral

Sooretama, no Norte do Estado, agora conta com um condomínio leiteiro. É o primeiro do Espírito Santo e já está em funcionamento. O modelo de negócio proporciona ganhos de produtividade e eficiência através do aumento de escala.

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Com isso, é possível dividir o espaço e diminuir os custos de produção. O condomínio leiteiro foi inaugurado no início de setembro, mês em que a Cooperativa Agropecuária Centro Serrana (Coopeavi), que tem mais de 18 mil cooperados e é responsável pelo empreendimento, comemorou 58 anos de criação.

Condomínio leiteiro

O rebanho Girolando é monitorado digitalmente por meio de um chip e composto por 330 vacas em lactação. No módulo de estreia, participam 47 cotistas de 14 diferentes municípios do Estado. Os produtores terão retornos equivalentes à participação e os custos de operação (mão de obra, nutrição, sanidade animal, uso da infraestrutura, outros) serão rateados de forma proporcional a cota adquirida.

Condomínio leiteiro lança nova modalidade de agro no ES
O condomínio leiteiro foi inaugurado há cerca de um mês. Foto: Divulgação/Coopeavi

Situado na localidade de Córrego do Chumbado, o empreendimento ocupa uma área de 54 hectares, com pastejo irrigado no sistema de pivô central na maior parte do terreno. A unidade conta ainda com moderna sala de ordenha e toda infraestrutura necessária para realizar as melhores práticas junto ao rebanho.

O gerente executivo de Produção da Coopeavi, Luis Carlos Brandt, explica que o condomínio leiteiro foca nas melhores práticas de manejo para alcançar os máximos resultados técnicos e econômicos, fornecendo informações precisas e confiáveis aos cooperados cotistas, como já ocorre com o condomínio avícola.

Cadeia estruturada

Muitos dos cotistas participantes do primeiro módulo não têm a cadeia de pecuária leiteira estruturada faltando, principalmente, a viabilidade para captação e processamento do leite produzido.

Além do leite produzido e da remuneração mensal proporcional às cotas, os animais que nascerem ou forem desligados do sistema, eventualmente vendidos para outros produtores, vão gerar receita para os participantes, segundo a Coopeavi.

“Esses fatores inviabilizavam, até então, o investimento desses produtores no segmento. No modelo da cooperativa, o leite é produzido onde a cadeia de suporte já existe, com a participação dos produtores de outras regiões do Espírito Santo, ampliando, assim, a produção geral do Estado de forma viável”, avalia o presidente da Coopeavi, Denilson Potratz.

Investimento sustentável

Condomínio leiteiro lança nova modalidade de agro no ES
O presidente da Coopeavi, Denilson Potratz, ressalta a importância de uma cadeia de suporte para o produtor. Foto: Divulgação/Coopeavi

O modelo de negócio do condomínio leiteiro permite aumentar a escala de produção sem imobilização em terras ou outras estruturas diretamente pelo produtor, proporcionando um investimento sustentável ao cooperado, de acordo com a Coopeavi.

Além de diversificar a atividade econômica, por meio de uma estrutura profissionalizada para produção de leite, o condomínio permite aumento da renda e conveniência, e dessa forma contribui com a melhoria da qualidade de vida da família cooperada. Esse conforto do investimento é o motivo que levou o cooperado Walter Francisco Delai, produtor de café em Santa Maria de Jetibá e Itarana, a participar do condomínio leiteiro.

Segundo curral

“Já faço parte do condomínio avícola, e o novo empreendimento da Coopeavi é muito importante porque dá oportunidade aos associados de diversificarem sua produção. É uma maneira de investir em área específica do agronegócio com recurso menor e sem preocupar com demanda de pessoal para trabalhar”, diz.

O cooperado Daniel Pagung, produtor de leite de Vila Pavão, compartilha da mesma ideia.“Agora, passo a ter um segundo curral, mas sem a dor de cabeça e a preocupação com a rotina que a atividade exige”, avalia.

Pagung afirma que pretende adquirir novas cotas do Condomínio Leiteiro à medida em que a Coopeavi abrir editais de participação. “O projeto atendeu minhas expectativas com tecnologia e produção de alimento para as vacas por sistema de pivô central”.

Com informações da Coopeavi. 

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