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domingo, 28 abril, 2024

Como a movimentação do PP e do Republicanos afeta os deputados capixabas?

Reforma ministerial que aproxima Progressistas e Republicanos do governo Lula provoca mudança no cenário para deputados capixabas

Por Robson Maia

Com a iminente reforma ministerial e a aproximação do Progressistas e do Republicanos do governo Lula, o cenário para os deputados capixabas que compõem as respectivas legendas gera incertezas. No entanto, em primeiro momento, os parlamentares não garantem fidelidade nas votações na Câmara dos Deputados.

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Nas últimas semanas, Lula tem promovido uma verdadeira dança das cadeiras nos ministérios e até sinalizou com a criação de mais uma pasta – voltada para o desenvolvimento de micro-empreendedores – para tentar “englobar” partidos do tradicional “centrão”.

Entre eles está o PP, comandado pelo ex-ministro de Bolsonaro, Ciro Nogueira, e do presidente da Câmara, Arthur Lira. Já o Republicanos é considerado um partido estratégico em função da quantidade de cadeiras no Legislativo federal, além de ter representantes em pontos chaves para o Governo Federal, como o governo de São Paulo, do ex-ministro Tarcísio.

A mudança começa pelo Ministério de Portos e Aeroportos, que passará a ser comandado por Silvio Costa Filho. O Ministério dos Esportes, antes chefiado pela ex-jogadora de vôlei Ana Moser,fica a cargo de André Fufuca.

Contudo, mesmo diante de um possível acordo a nível nacional, os deputados capixabas que compõem as legendas reiteraram, via redes sociais, a independência de seus partidos em relação às pautas do governo petista e não confirmaram fidelidade nas votação na Câmara.

Amaro Neto, que preside a Comissão das Comunicações, afirmou que votará conforme a orientação do partido. No entanto, ele garantiu que em caso de divergências, solicitará voto contrário, como já realizado em outras ocasiões.

Erick Musso, líder do Republicanos no Espírito Santo, escreveu em suas redes sociais que o Republicanos não será parte do governo Lula. “Aos que insistem em perguntar, mais uma vez reafirmamos: Não faremos parte do governo Lula! Somos independentes”, afirmou Erick.

Messias Donato, apontou que seguirá com a postura independente, enquanto Da Vitória seguiu pelo mesmo caminho.

Evair de Melo (PP) apontou que seguirá sendo oposição a Lula.

“Posicionamentos nacionais não refletem a cara dos partidos nos estados”

Para o analista político Darlan Campos, o cenário desenhado pelos partidos requer observação e, principalmente, cautela. Segundo ele, a posição adotada a nível nacional não reflete, necessariamente, o posicionamento que os parlamentares adotarão em seus mandatos.

“A estrutura política brasileira tem muitas peculiaridades. Então muitas vezes arranjos e posicionamentos políticos nacionais não refletem a “cara” dos partidos nos seus estados”, pontua Campos.

“Os políticos que são referências dentro do PP e do Republicanos no Espírito Santo tem uma posição num contexto local diferente daquilo que está no plano nacional. A grande questão que tem que se avaliar é a perspectiva de votação que eles vão ter na câmara. Por mais que o discurso possa ser um, temos que avaliar de que forma os partidos vão entregar os votos que o governo federal espera nas nos temas importantes”, complementou o analista.

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