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sexta-feira, 3 maio, 2024

Ato de Bolsonaro no RJ tem apoio de capixabas e ausência de Malta

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro tomaram a orla de Copacabana no último domingo; Deputados capixabas marcaram presença, enquanto Malta foi ausência

Por Robson Maia

O domingo (21) foi movimentado na orla da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Durante a manhã, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fizeram um ato público em demonstração de apoio ao ex-chefe do Executivo nacional. A manifestação contou com a presença de parlamentares do Espírito Santo e marcou a ausência do senador Magno Malta (PL-ES).

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Os manifestantes foram convocados por Bolsonaro ao longo da semana. Com discursos que permearam por política e religião, os aliados do ex-presidente discursaram em defesa de Bolsonaro, enalteceram Elon Musk, empresário sul-africano proprietário do X (antigo Twitter) e criticaram a ausência de liberdade de expressão.

Os manifestantes criticaram ainda veículos de imprensa, o atual governo, além do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e as investigações em relação a uma suposta tentativa de golpe de Estado da cúpula bolsonarista após a derrota nas urnas em 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ato de Bolsonaro no RJ tem apoio de capixabas e ausência de Malta
Messias Donato também marcou presença em ato na orla carioca – Foto por Reprodução/Redes Sociais

No evento, além de figuras importantes, como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o líder religioso Silas Malafaia, marcaram presença parlamentares do Espírito Santo. Os deputados federais Evair de Melo (Progressistas-ES), Gilvan da Federal (PL-ES) e Messias Donato (Republicanos-ES) também estiveram na manifestação em Copacabana.

Destaque também para a ausência do senador capixaba e aliado político de Bolsonaro, Magno Malta. O parlamentar está internado e passará por uma cirurgia ainda nesta segunda-feira (22). De acordo com a assessoria do senador, Malta tem enfrentado dores crônicas no joelho esquerdo e o procedimento médico visa eliminar o problema que causa tanto desconforto.

Ainda assim, o senador se manifestou nas redes sociais sobre o ato que levou quase 40 mil pessoas às ruas cariocas, de acordo com estimativas dos órgãos de segurança do Rio de Janeiro.

“O Brasil estará representado pelos valores de família, pátria e liberdade. Mesmo enfrentando desafios de saúde, nossa determinação permanece inabalável. Estou internado aguardando uma cirurgia que será realizada na segunda-feira e, embora tenha sido aconselhado por familiares e amigos a não comparecer, sei que minha luta continuará. Agora é tempo de cuidar da minha saúde para voltar ainda mais forte e contribuir para um Brasil melhor. Estarei acompanhando tudo de perto e conto com suas orações para uma plena recuperação. Que Deus abençoe o Brasil”, escreveu o senador nas redes.

Durante o discurso em cima de um trio elétrico, Bolsonaro afirmou ser vítima da “covardia” de um “sistema” que quer vê-lo “fora de combate em definitivo”. O ex-presidente é investigado em inquérito sobre a tentativa de golpe ocorrida no dia 8 de janeiro de 2023.

Ato de Bolsonaro no RJ tem apoio de capixabas e ausência de Malta
Evair de Melo publicou foto ao lado de Bolsonaro no Rio de Janeiro – Foto por Reprodução/Redes Sociais

Seu passaporte foi apreendido pela Polícia Federal (PF), em fevereiro, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, durante a operação Tempus Veritatis.

Segundo a investigação da PF, quando ainda era presidente da República, Jair Bolsonaro discutiu com militares uma minuta de golpe de Estado, em que previa prender Moraes, o também ministro do STF Gilmar Mendes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Além disso, a minuta previa a realização de novas eleições presidenciais, usando, como justificativa, supostos indícios de fraudes nas urnas eletrônicas.

Bolsonaro também defendeu os manifestantes presos durante os atos de 8 de janeiro, quando centenas de pessoas invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente voltou a falar sobre o processo eleitoral. “Que nós possamos disputar as eleições sem qualquer suspeição. Afinal de contas, a alma da democracia é uma eleição limpa, onde ninguém pode sequer pensar em duvidar dela. Não estou duvidando das eleições, página virada.”

Em junho do ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Bolsonaro inelegível, por oito anos, acusando-o de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, porque, em julho de 2022, durante a campanha eleitoral, o então candidato à reeleição convocou uma reunião com embaixadores para falar sobre sistema eletrônico de votação.

Em outubro do mesmo ano, Bolsonaro tornou-se inelegível pela segunda vez pelo TSE novamente acusado de abuso de poder político. Por maioria, os ministros consideraram que ele aproveitou as celebrações de 200 anos da independência do Brasil, em 7 de setembro de 2022, para seu benefício em sua campanha eleitoral pela reeleição.

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