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quinta-feira, 25 abril, 2024

Como conviver com fome, desmatamento e avanço tecnológico?

Como conviver com fome, desmatamento e avanço tecnológico?
Foto: Ibama

Infelizmente são três temas atuais e que convivem em uma mesma discussão, ou mesmo, em uma mesma edição de jornal

Por Leandro Lino

Dados do IBGE indicam que 10,3 milhões de pessoas no país estão vivendo em situação de insegurança alimentar, o que demonstra que as pautas relacionadas à fome voltaram as mesas de discussão e às capas dos jornais brasileiros. E este debate volta à tona exatamente em um país que já expandiu suas fronteiras agrícolas ao longo de sua história e detém uma das maiores áreas agricultáveis do mundo.

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Ao mesmo tempo, outra pauta recorrente, sobretudo em períodos de baixa precipitação no território brasileiro, volta a ser discutida todos os anos, com debates relacionados às queimadas e ao desmatamento.

Isso tudo em um mesmo momento em que convivemos com discussão sobre avanços tecnológicos magníficos, como robôs, inteligência artificial, carros que são “autônomos”, entre outras inovações. E sem contar o fato de estarmos vivendo em um mundo extremamente interconectado, em que a informação circula quase que instantaneamente, dado o aparato tecnológico gerado principalmente pelos avanços nos sistemas de comunicação, como a internet.

Infelizmente são três temas atuais e que convivem em uma mesma discussão, ou mesmo, em uma mesma edição de jornal. Sem contar que se pode adicionar o momento em que vivemos uma de suas maiores crises de saúde pública de nossa história.

Portanto, ao se analisar o contexto atual em que todos esses debates são realizados, é importante destacar que eles não podem conviver em uma mesma mesa de discussão e/ou mesma edição de um jornal. Não faz sentido discutir fome e desmatamento ao mesmo tempo em que se debate inteligência artificial e os avanços tecnológicos!

A sociedade precisa utilizar seu conhecimento acumulado, amparado por seu arcabouço tecnológico, e atuar de modo a erradicar a fome e reduzir/minimizar/controlar/eliminar as queimadas e o desmatamento. Já possuímos áreas agricultáveis em condições de suprir a necessidade do consumo humano. O que é preciso, é desenvolver recursos (tecnológicos) para ampliar a produtividade agrícola (dentro da relação produção por hectare) e respeitar o meio ambiente, pensando nas gerações futuras!

Leandro Lino é vice-presidente do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES)

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