Ministério Público do Espírito Santo (MPES) denuncia núcleo de lavagem de dinheiro da organização denominada Primeiro Comando de Vitória.
Por Munik Vieira
A denúncia criminal foi feita na última quarta-feira (28), contra vinte pessoas que integram o núcleo de lavagem de dinheiro da organização criminosa denominada Primeiro Comando de Vitória (PCV), após conclusão de análise de extenso material probatório.
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Vale ressaltar que o ‘Primeiro Comando de Vitória’ está envolvido com tráfico de entorpecentes, homicídios, tráfico/porte/guarda de armas, entre outros crimes violentos. A organização criminosa está sediada no Complexo da Penha, em Vitória, com extensão em outras regiões do Estado do Espírito Santo.
As investigações revelaram que os denunciados, pertencentes ao núcleo de lavagem de dinheiro da organização criminosa lidam com volumes expressivos de valores, confirmados pela análise de dados bancários e telemáticos, com muita movimentação de dinheiro em espécie.
As investigações foram realizadas pela Polícia Civil do Estado do Espírito Santo, por meio da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas (Draco), na “Operação Capital”, voltada a apurar crimes praticados por núcleo patrimonial da organização criminosa.
Entenda
Segundo investigações, a operação teve início após denúncias por parte de ocultação de patrimônio e valores de Bruna Carlette Furtado, esposa de Carlos Alberto Furtado, conhecido como ‘Nego Beto’, liderança identificada do PCV.
As investigações comprovaram movimentações bancárias incompatíveis com rendimentos lícitos, aquisição de bens com pagamento em espécie e em nome de terceiros, simulação de negócios jurídicos por empresa constituída em nome de familiares, entre outros atos. O casal era responsável pelo repasse do dinheiro para a organização criminosa.
Ainda segundo a denúncia, também participava do núcleo de lavagem de dinheiro Fernando Pimenta, o “Marujo”, que segue foragido e é procurado pela polícia do Espírito Santo desde agosto de 2017.
Empresa fantasma
Com o aprofundamento das investigações, foi apurado pela Polícia que Bruna Carlette criou a empresa de vestuário no município da Serra em 2015, e registrou em nome de sua mãe e irmã.
Ainda segundo a denúncia do Ministério Público, Bruna também simulou negócios jurídicos com esposas e companheiras de outros integrantes do alto escalão da organização criminosa, emitindo notas fiscais eletrônicas como se elas fossem consumidoras.
Saiba quem são os denunciados
- Carlos Alberto Furtado da Silva, vulgo “Nego Beto”
- Bruna Carlette Sobreira Furtado
- Emanuella Carlette Sobreira de Oliviera
- Fernando Moraes Pereira Pimenta, vulgo “Marujo”
- Emerson Miguel de Oliveira
- Tatiana Carlette Sobreira
- Creuzenir Maria Carlette Sobreira
- Lidiane Santos Santana de Souza
- Maycon França do Nascimento
- Fernanda Oliveira Silva Nascimento
- Maria Luiza Carlette Serrão
- Polyana Rizzi de Bruyn
- Priscila Marques Marcelino Roriz
- Grazieli Santos Loyola
- Amanda Pereira Bento
- Bruna dos Santos de Sousa
- Giovana Aparecida da Silva
- Josemar Carlette
- Sislânia Santos da Silva
- Karla de Souza Custódio