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sábado, 27 abril, 2024

Casos suspeitos de zika vírus no ES subiram mais de 1.600% em 2023

No cenário nacional também houve um aumento de 20% de casos prováveis da doença

Por Kebim Tamanini

O número de casos suspeitos de zika vírus no Espírito Santo subiram mais de 1.600% de 2022 para este ano. As notificações passaram de 697 casos de janeiro a início de agosto para 11.272 ocorrências computadas no mesmo período. As informações foram divulgadas no último Boletim epidemiológico realizado pela Secretaria da Saúde (Sesa).

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A secretária explicou por meio de nota que “o aumento de casos suspeitos de zika se deve ao aumento de casos de dengue, lembrando que em 2023 o Espírito Santo teve a maior epidemia de dengue registrada em toda a série histórica do agravo no Estado”.

As suspeitas aumentaram devido às semelhanças nos sintomas do zika vírus e dengue. Segundo a Sesa, em muitos casos houve o preenchimento das fichas das duas doenças, o que elevou o número de notificações. Contudo, na hora do encerramento dos casos, houve descarte de 91,6% de zika, confirmando a dengue como causadora dos sintomas nestes casos, e 8,4% de confirmação apenas de zika.

Casos suspeitos de zika vírus no ES subiram mais de 1.600% em 2023Dados nacionais

No cenário nacional, o número total de casos prováveis (com confirmação clínica, mas sem laboratorial) de zika vírus aumentou 20%, passando de 5.910, em 2022, para 7.093, em 2023. A Região Sudeste teve o maior aumento de casos, com percentual de 11,7%.

O Ministério da Saúde informou “que os dados são preliminares e sujeitos a alterações e que a vigilância das arboviroses – o que inclui as infecções causadas pelo vírus zika – é de notificação compulsória, ou seja, todo caso suspeito e/ou confirmado deve ser obrigatoriamente notificado aos serviços de saúde”. Por este motivo, os números computados pela Sesa são maiores do que as informações contidas na pasta Federal, pois há casos de subnotificações.

Por meio de nota, o Ministério da Saúde, reforçou a importância da continuidade das ações de controle dos estados e municípios, além do papel das instâncias locais em manter profissionais de saúde e rede assistencial mobilizados para garantir acesso integral e manejo clínico adequado. E destacou a necessidade de estimular a participação comunitária para eliminação dos focos. Por fim, a pasta esclareceu que o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle da Zika e de outras arboviroses.

Sintomas

Os sintomas mais comuns da zika são: dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos.

As mulheres grávidas precisam tomar cuidados redobrados, pois caso sejam acometidas pela picada, pode haver complicações congênitas, como, por exemplo, microcefalia – doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade. Por isso, as orientações médicas são o uso de repelentes e não transitar em locais propensos ao mosquito.

Especialistas

A epidemiologista da Fiocruz e doutora em saúde pública, Maria Glória Teixeira, enfatiza a importância dos cuidados. “O risco da criança morrer é 11 vezes maior entre aqueles que têm síndrome de Zica congênita e os que não tem. Então o caso é muito ruim para a mãe e para a família”, exemplifica.

A principal forma de evitar a doença é eliminar os criadouros do mosquito, ou seja, evitar acúmulo de água parada em vasilhas, vasos de plantas e pneus velhos; instalar telas em janelas e portas; usar roupas compridas (calças e blusas) ou aplicar repelente nas áreas do corpo expostas e dar preferência a locais com telas de proteção e mosquiteiros.

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