De acordo com estudo da Febraban, destaque ficou com linhas de crédito pessoal concedidas às famílias
Com um crescimento puxado por crédito concedido às famílias no país, o saldo da carteira de crédito deve crescer 0,5% em fevereiro. Os dados são da Pesquisa Especial de Crédito da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que foi divulgada nesta quarta-feira (20).
De acordo com o levantamento, o avanço do crédito às famílias de seve, sobretudo, por meio de linhas de crédito pessoal e de veículos.
A entidade usa se baseia em informações dos principais bancos do país, que representam de 41% a 88% do saldo total do Sistema Financeiro Nacional. O levantamento da Febraban é divulgado mensalmente como uma prévia dos dados oficiais, que serão anunciados pelo Banco Central em 26 de março. Caso a previsão se confirme, a expectativa é que o ritmo de expansão anual da carteira deve voltar a acelerar, passando de 7,6% para 8,1%.
A carteira pessoa física deve apresentar apenas 0,2% de alta, com o crédito pessoal e para aquisição de veículos com crescimento de 1,0% em fevereiro. Enquanto isso, no caso das pessoas jurídicas, o crédito deve crescer 0,4% em fevereiro, muito superior ao registrado em fevereiro do ano passado (-0,7%).
Para o líder de Conteúdo do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo (Ibef-ES), Marcel Lima, a recente expansão do crédito tem mais relação com o resultado fraco do ano passado do que com o ciclo de queda da Selic atualmente. “A taxa de juro está em queda desde agosto de 2023, mas ainda não refletiu significativamente na redução do custo do crédito. Podemos elencar dois principais fatores: o juro de longo prazo não retraiu de forma significativa e, principalmente para o financiamento imobiliário, os depósitos em poupança disponíveis para essas operações têm reduzido desde 2021”, explicou.
Segundo Lima, na comparação com os últimos 12 meses, os resultados cada vez melhores no crédito tem influência da dissipação dos efeitos causados pelas Lojas Americanas e Light, no começo de 2023, e também do menor nível de endividamento das famílias.
