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sábado, 15 DE fevereiro DE 2025

Caixa planeja novo fundo

Até R$ 400 bilhões poderiam ser captados, transformando o fundo em um instrumento de financiamento do novo PAC.

Por Gustavo Costa

A Caixa Econômica Federal se programa para o lançamento de um “superfundo” de infraestrutura para investir em projetos do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A informação foi dada pelo novo presidente do banco, Carlos Antônio Vieira Fernandes, em entrevista concedida à CNN Brasil.

De acordo com Fernandes, existe a ideia de captar recursos do FI-FGTS, de fundos de pensão (principalmente de empresas estatais) e de investidores internacionais (como fundos soberanos e de private equity) em um novo veículo de investimento gerido pelo banco. Ainda segundo o executivo, entre R$ 300 bilhões e R$ 400 bilhões poderiam ser captados pelo novo fundo, transformando a iniciativa em um dos principais instrumentos de financiamento do novo programa de infraestrutura do governo.

Um dos desafios no caminho da criação do “superfundo” está em suavizar o risco cambial. Por isso, uma possibilidade aventada por Vieira é hospedar o novo veículo de investimentos no exterior, em moeda forte. “Não existe um ambiente mais propício para se fazer aplicação de longo prazo do que a própria Caixa”, enfatizou ele à CNN. O FI-FGTS, fundo de investimento formado com recursos do FGTS, tem um valor patrimonial de aproximadamente R$ 22 bilhões e participações acionária em grandes empresas, como a operadora de ferrovias VLI e a companhia de saneamento BRK Ambiental.

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O presidente da Caixa lembrou que os fundos de pensão de funcionários das estatais, como Funcef (Caixa), Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil) têm ativos que correspondem a 14% do PIB brasileiro.

Novo PAC

Lançado pelo governo Lula em agosto, o Novo PAC conta com R$ 1,7 trilhão em investimentos. Os recursos do Orçamento Geral da União (OGU) somam R$ 371 bilhões e as empresas estatais devem entrar com outros R$ 343 bilhões. A maior parte do que está previsto viria de financiamentos, com R$ 362 bilhões, e de aportes do setor privado, com R$ 612 bilhões.

 

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