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sábado, 27 abril, 2024

Aumento da vazão dos rios pode levar à suspensão do “Estado de Alerta”

A medida do “Estado de Alerta”, determinando ações restritivas no consumo de água para agricultura, indústria e outros setores, foi adotada em dezembro

Por Marco Antonio Antolini

Em função do aumento das chuvas e da vazão dos rios, a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) pode, na semana que vem, tirar a Região Serrana e as bacias do Sul do Espírito Santo do quadro de “Estado de Alerta” referente à situação hídrica no Estado.  A medida foi tomada no dia 8 de dezembro do ano passado em função da estiagem e da baixa vazão nos principais rios e cursos d’água capixabas. 

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A informação da possível suspensão foi dada nesta quarta-feira (10/01) pelo diretor-presidente da Agerh, Fábio Ahnert. Ele informou que em relação à Região Norte do Espírito Santo, principalmente abaixo do Rio Itaúnas, o “Estado de Alerta” deverá ser mantido pela agência.

Com o “Estado de Alerta” foram aditadas medidas restritivas que devem ser seguidas por diversos setores que movem a economia do Estado, a exemplo da agricultura, indústria, companhias públicas e privadas de saneamento, entre outros.  As medidas visam à economia e ao uso racional da água.  A agricultura, por exemplo, deve economizar no mínimo 20% do consumo; a indústria, 25%; outros setores, 35% do volume de água.

 “Semanalmente nós estamos nos reunindo com vários órgãos do governo do Estado para fazer o acompanhamento da situação. Na Região Serrana e nas bacias do Sul do Estado, lá na divisa com o Rio de Janeiro, a bacia do Itabapoana, além da bacia do Itapemirim, a bacia do Rio Benevente; e já chegando aqui na Grande Vitória, com Jucu e Santa Maria, essas bacias já tiveram uma recuperação muito importante das vazões porque os volumes de chuva foram maiores nessa região”, revelou Fábio Ahnert.

De acordo com ele, os rios subiram bastante nesses locais. “Isso já sinaliza para gente que o quadro de alerta pode ser revertido para um quadro de atenção ou até de normalidade”, afirmou Fábio Ahnert.  Porém, no Norte do Espírito Santo, a situação inspira cuidados e o “Estado de Alerta” deve ser mantido, explicou o diretor-presidente da Agerh.

Norte

“No Norte do Estado, a recuperação das vazões está mais lenta. Quando a gente avalia a bacia do Rio Itaúnas, que envolve os municípios do extremo Norte, como Ecoporanga, Montanha, Pedro Canário, Pinheiros, nessa região, a recuperação do Rio Itaúnas está sendo bem mais lenta, porque os volumes de chuva têm sido menores nesses locais. ”

De qualquer forma, segundo ele, a situação também apresenta melhoras. “A gente já está observando uma recuperação muito importante no Rio São Mateus. Ele estava praticamente quase secando em alguns pontos na parte mais alta, mas agora conseguiu uma recuperação boa. Na média para esses 10 primeiros dias do ano, ele já está com um terço praticamente da média esperada para o mês de janeiro”, revelou.

O Rio Doce também conseguiu uma boa recuperação.  Nesses 10 primeiros dias do ano, a vazão já ultrapassou 50% da média esperada para o mês de janeiro. “O Rio Doce se recuperou bem, principalmente por conta das chuvas na região de Minas Gerais. Tanto o Rio Doce quanto o Rio São Mateus ficam dependendo muito das chuvas que ocorrem em Minas Gerais”, explicou Fábio Agerh.

Confira a resolução que instituiu o Estado de Alerta  (Clique Aqui)

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