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quinta-feira, 9 maio, 2024

Ângela: Onde assistir ao filme sobre feminicídio que marcou o Brasil

Isis Valverde interpreta a socialite mineira em seus últimos meses de vida, em que veio a  conhecer Raul Street, autor do crime

Por Mariah Friedrich

Há 47 anos, a mineira Ângela Diniz, conhecida como “a pantera de Minas”, por sua beleza e sensualidade, impactou o país ao ter a vida interrompida pelo machismo e feminicídio praticado pelo próprio namorado, com quem conviveu por quatro meses, justamente o período reconstruído pelo filme “Ângela”, estrelado por Ísis Valverde no papel da socialite, e Gabriel Braga Nunes, como o assassino Raul (Doca) Street. A produção entrou em cartaz na última semana nos principais cinemas do país. 

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Quem ainda não conseguiu conferir o longa-metragem assinado por Hugo Prata (que também dirigiu a biografia de Elis Regina) pode assistir a uma das exibições que continuam nesta semana no Shopping Jardins, em Vitória. As sessões acontecem de quinta (14) a quarta (20), às 15h e também às 18h40, exceto no sábado (16) e no domingo (17). 

O filme dá voz à vítima que, mesmo após a morte, foi severamente julgada pela moral da época em razão do seu comportamento, que foi usado pelo advogado do assassino para conseguir a absolvição do réu, que saiu livre do tribunal, com base na ‘legítima defesa da honra’. 

O crime ainda hoje é lembrado como um dos feminicídios de maior repercussão no Brasil. Vale lembrar que somente no mês passado o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a tese da legítima defesa da honra não pode ser usada em julgamentos para absolver os autores de crimes de feminicídio ou de agressão contra mulheres. Antes disso, o argumento era apresentado como justificativa para crimes em que o agressor se sentisse ferido em sua honra pela conduta da vítima, como em casos de adultério. 

Caso inspirou série, programa e podcast

O assassinato de Ângela Diniz, conhecida como a “pantera de Minas”, foi abordado em diversos meios de comunicação ao longo dos anos. Além de ter sido tema de uma minissérie ficcional da TV Globo, “Quem ama não mata”, exibida em 1982, o crime também foi abordado em 2003 no programa “Linha direta – Justiça”, da mesma emissora, que enfrentou desafios legais para ser exibido, a pedido do próprio Raul Fernando do Amaral Street, autor do crime. A história também foi recontada pelo próprio assassino no livro “Mea culpa”, lançado em 2006 e, mais recentemente, em 2020, foi transformada em um podcast intitulado “Praia dos Ossos” – local muito famoso no balneário de Búzios, no Rio de Janeiro, onde o crime ocorreu. A Amazon obteve os direitos para a produção de uma minissérie baseada no podcast, com a atriz Marjorie Estiano no elenco.

Assista ao trailer do filme a seguir:

Serviço:

Ângela
Até quarta-feira (20), às 15h e  18h40, no Cine Jardins. 
Ingressos: Segunda, terça e quinta-feira – R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia); Quarta-feira – R$ 8  (todos pagam meia); Sexta, sábado, domingo e feriados – R$ 30 (inteira); R$ 15 (meia)

 

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