O prefeito do Rio é acusado de oferecer facilidades para pastores, igrejas e fiéis, mas ele nega favorecimento
A partir desta quarta-feira (11), a Câmara Municipal do Rio de Janeiro começa a discutir o futuro do prefeito Marcelo Crivella (PRB), que governa a capital carioca há um ano e meio. Os vereadores vão discutir e votar o impeachment do parlamentar que tramita há alguns dias na casa.
Segundo a Agência Brasil, na semana passada, o prefeito fez uma reunião secreta no Palácio da cidade com líderes religiosos e ofereceu ajuda para realização de cirurgias de catarata e varizes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para membros da igreja. Ele também prometeu solução para problemas com IPTU das igrejas para seus templos.
Para o processo do impeachment ser iniciado é preciso aprovação de 34 votos. A bancada de oposição está confiante e deve pressionar os vereadores indecisos. Já os parlamentares da base de Crivella classificam a iniciativa de eleitoreira. E garantem que ela será derrotada por ampla margem de votos.
Para os oposicionistas, o “pecado” de Crivella foi a realização do encontro as escondidas em uma das sedes da Prefeitura. Áudios e vídeos gravados durante o encontro comprovam que o prefeito ofereceu vantagens para igrejas evangélicas.
“A base aliada do prefeito é muito volúvel. O Crivella foi eleito com apenas três vereadores de seu partido. Então, a composição de maioria na Câmara depende sempre de muita negociação”, disse o vereador Renato Cinco (PSOL).
Mas o líder da bancada governista, vereador Dr. Jairinho (MDB), contesta. “Não tem motivação para impeachment. Isso é um processo eleitoreiro. Estão querendo fazer um palanque político. Ninguém viu motivação grave para isso. Não é razoável”, declarou.
*Com informações da Agência Brasil