A presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, exigiu nesta terça-feira (25) “respeito” ao Judiciário por parte do Legislativo e do Executivo.
A declaração foi dada após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) criticar, nessa segunda-feira (24), o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, por autorizar as prisões do chefe da polícia do Senado, Pedro Ricardo Carvalho, e de mais três policiais legislativos, suspeitos de prestar serviço de contrainteligência para ajudar senadores investigados na Lava Jato e em outras operações.
Além de chamar o juiz federal de “juizeco”, Renan Calheiros afirmou que Moraes se comporta, “no máximo”, como um “chefete de polícia”. “Não é admissível aqui, fora dos autos, que qualquer juiz seja diminuído ou desmoralizado. Como eu disse, quando um juiz é destratado, eu também sou”, afirmou a ministra, no início da 240ª Sessão Ordinária do CNJ.
A presidente do STF e do CNJ defendeu o equilíbrio entre os poderes da República, destacando ainda a importância dos juízes para a democracia. “Respeito, nós devemos e guardamos com os poderes e, evidentemente, exigimos de todos os poderes em relação a nós. O juiz brasileiro é um juiz que tem trabalhado pela República, como trabalhou pelo Império. Somo humanos, temos erros. Por isso existe este CNJ, para fortalecer o Poder Judiciário, coerente com os princípios constitucionais, com as demandas e as aspirações do povo brasileiro”, disse a presidente do CNJ.
Foto: Elza Fiuza/ Agência Brasil