No ano, o índice da B3 ainda acumula perda de 0,81%, tendo virado para o negativo nesta semana, em que a baixa em agosto está agora em 3,08%, após o segundo recuo semanal consecutivo. Saiba mais!
Por Luís Eduardo Leal
O Ibovespa parecia a caminho da pior semana desde o intervalo entre os dias 22 e 26 de fevereiro, mas à tarde conseguiu recuperar e manter o nível de 118 mil pontos, cedido na última terça-feira, para fechar o dia em alta de 0,76%, limitando as perdas da semana a 2,59% – as quais, no pior momento do período, rondavam 5%. Hoje, encerrou aos 118.052,77 pontos, entre mínima de 116.040,34 pontos – bem distante dos 114,8 mil vistos no dia anterior, menor marca desde 29 de março – e máxima de 118.307,96, saindo de abertura a 117.163,03 pontos Em dia de vencimento de opções sobre ações, o giro ficou em R$ 34,6 bilhões na sessão.
No ano, o índice da B3 ainda acumula perda de 0,81%, tendo virado para o negativo nesta semana, em que a baixa em agosto está agora em 3,08%, após o segundo recuo semanal consecutivo. Com o suporte proporcionado pelo dia positivo nos mercados acionários da Europa e dos Estados Unidos, que também acumularam perdas na semana assim como os da Ásia, a moderação da aversão a risco desde o exterior contribuiu para que o Ibovespa respirasse, voltando a olhar um pouco para o corporativo, contaminado recentemente pelos temores macro, sobre a política e o fiscal.
À tarde, houve sinal de que os investidores podem cultivar um pouco mais o olhar para o noticiário corporativo, em segundo plano recentemente, após temporada de balanços do segundo trimestre em geral positiva. “Aqui no Brasil, o Ibovespa passou a operar com leve alta, impulsionado principalmente pelas ações da Sabesp, que chegaram a subir mais de 15% após falas de Rodrigo Maia a respeito da privatização da empresa”, observa em nota a equipe de análise de Régis Chinchila, da Terra Investimentos.
Hoje, o governo de São Paulo divulgou nota em que esclarece que o agora secretário de Projetos e Ações Estratégicas, e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que faz parte do Comitê de Desestatização, “irá acompanhar os estudos a serem contratados com o objetivo de analisar a Sabesp e apontar o futuro da empresa, considerando o novo marco do saneamento e a expansão dos seus serviços”.
“Outro destaque foi Paulo Guedes (ministro da Economia) sobre a reforma do IR, em que disse que ‘se for para taxar dividendos em 15% é melhor nem ter reforma do Imposto de Renda’, como resposta para reduzir alíquota de 20%”, acrescenta a Terra.
Em recuperação na sessão, o desempenho positivo de utilities (Cemig PN +2,55%) se sobrepôs ao ajuste de Petrobras, embora minimizado no fim da sessão (PN -0,15%, ON -0,04%), com o Brent agora a US$ 65 por barril, e ao desempenho ainda majoritariamente negativo de bancos (Bradesco PN -0,57%). Siderurgia teve desempenho ao final misto, com Vale ON mostrando alta de apenas 0,04% no fechamento e Usiminas PNA, de 0,12%. Na ponta do Ibovespa, destaque absoluto para Sabesp, em alta de 10,86%, à frente de Ecorodovias (+4,53%) e de Yduqs (+4,42%). Na face oposta, Natura cedeu 1,14%, à frente de Rumo (-0,77%) e de Minerva (-0,72%).