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quarta-feira, 1 maio, 2024

40% dos adultos no Brasil têm diagnóstico de colesterol alto

Dia Mundial de Combate ao Colesterol Alto: confira orientações médicas para cuidar das taxas de colesterol 

Por Rafael Goulart

Colesterol é um termo usado para se referir a diferentes tipos de gorduras, como o HDL, o LDL e o VLDL, que por sua vez empenham papeis fundamentais no corpo humano, como a composição de membranas celulares ou na produção de hormônios.

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Apesar de essencial para a manutenção da vida, taxas elevadas de colesterol LDL podem levar a formação de placas nas artérias e causar doenças cardiovasculares, que são a maior causa de morte no Mundo e tem avançado sobre os mais jovens.

“Cada vez mais, estamos vendo descontrole do colesterol em pacientes jovens, o que tem antecipado também os problemas cardiovasculares”, afirma o cardiologista da MedSênior, Bruno Barros, que alerta ser falsa a premissa de que doenças cardiovasculares e colesterol alto são “problemas de velho”.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 40% dos adultos no Brasil têm um diagnóstico de colesterol alto.

“O colesterol é o principal vilão envolvido na formação das placas de gordura, que chamamos de aterosclerose. Essas placas vão se depositando dentro dos vasos sanguíneos, obstruindo a passagem adequada de sangue para os órgãos. Por isso, ele é um dos responsáveis pelas doenças que mais matam no mundo: infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, explica a cardiologista da Unimed Vitória, Tatiane Emerich.

De acordo com estudo da Global Burden of Cardiovascular Diseases Collaboration, a América Latina Tropical (Brasil e Paraguai) passou de 162,2 – em 1990 – para 204,9 casos de doenças cardiovasculares para cada 100 mil habitantes, em 2021. Um aumento de 35,4% nas taxas de mortalidade da doença.

Confira o mapa da incidência da doença na América Tropical no comparativo 1990 – 2021:

40% dos adultos no Brasil têm diagnóstico de colesterol alto

Campanha

Em adesão à campanha do Dia Mundial do Combate ao Colesterol Alto, promovida pela OMS neste 08 de agosto, a Secretaria da Saúde (Sesa) orientou para a necessidade de manter os níveis adequados de colesterol no sangue e esclareceu que para saber como estão as taxas do colesterol, é preciso realizar exames laboratoriais.

Segundo o médico cardiologista e referência técnica da Gerência de Políticas e Organização de Redes de Atenção à Saúde (Geporas), da Secretaria, Aldo Lugão de Carvalho, alimentos gordurosos, embutidos, frituras e produtos industrializados são fatores de risco evitáveis para desregular o colesterol.

“Priorizar uma alimentação saudável e equilibrada contribui para o controle dos níveis de colesterol no sangue e para a boa saúde em geral”, explicou a nutricionista Raiany Boldrini Christe Jalles, referência da Sesa.

“Existem também os fatores, como histórico familiar, obesidade, consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo, além do sedentarismo”, acrescentou Carvalho, que complementou com dicas de prevenção: “A prática de atividades físicas regulares, alinhada à alimentação balanceada e o não uso de cigarros e bebidas alcoólicas proporcionam bem-estar e evitam doenças adquiridas pelo colesterol alto”.

Dislipidemia

Dislipidemia é o nome dado a elevação do colesterol ou dos triglicerídeos ou para a redução do HDL, que é conhecido como colesterol bom, conforme a cardiologista da Unimed Vitória, Rovana Agrizzi.

“Estudos feitos no mundo inteiro comprovam que a redução de níveis do colesterol ruim vai ter benefícios para a redução desses problemas. E, embora a gente associe a aterosclerose às pessoas idosas, o processo começa na infância. Por isso, precisamos prevenir a doença desde os primeiros anos de vida”, alerta a especialista.

 

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