O dia 8 de agosto é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, data criada para a conscientização e prevenção de doenças cardiovasculares, DCV, que são a primeira causa de mortalidade no Brasil.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Em 2017 foram registrados 17,79 milhões de mortes por doenças cardiovasculares, correspondendo a 31,8% do total de mortes.
“O colesterol é importante para várias funções orgânicas, como produção de hormônios e funcionamento das células. Ele pode ser dividido em várias frações, dependendo de sua composição. A fração conhecida como “colesterol ruim”, LDL-colesterol (Low density lipoprotein), quando em excesso, se deposita nas artérias de todo o corpo, formando placas de gordura, chamadas aterosclerose que, ao longo do tempo, podem obstruir a passagem de sangue para os órgãos, afirma a coordenadora da disciplina de Cardiologia da Faculdade São Leopoldo Mandic, Prof.ª Dr.ª Carla Patrícia da Silva e Prado.
A aterosclerose pode limitar o fluxo sanguíneo a qualquer órgão. Os órgãos comumente afetados e que podem levar a morte ou limitações sérias a qualidade de vida são o coração, cérebro e vasos sanguíneos periféricos. “Quando a obstrução se dá no coração, pode provocar o infarto do miocárdio, e quando acontece no cérebro, pode provocar o acidente vascular cerebral, conhecido como derrame”, diz Dr.ª Carla.
O colesterol elevado no sangue é uma das principais causas de doenças cardiovasculares, entre elas infarto e acidente vascular cerebral, um importante fator de risco de morte. Entre as complicações decorrentes do excesso de colesterol está a aterosclerose, um acúmulo de placas de gorduras nas artérias que impede a passagem do sangue e pode causar problemas cardíacos, como infarto, e acidente vascular cerebral.
Em adultos, geralmente o excesso de colesterol no sangue está associado à obesidade, alimentação inadequada e falta de exercícios físicos. Um dos motivos da alteração dos níveis de colesterol é o consumo excessivo de gordura saturadas e gordura trans, presentes em alimentos de origem animal, como carnes, ovos, derivados do leite, além de produtos ultraprocessados como biscoitos, margarina, salgadinhos de pacote, comidas congeladas, bolos prontos e sorvete.
Mesmo quem não costuma comer muitos alimentos industrializados e gordurosos pode ter problemas com o colesterol. Além desses fatores, a hereditariedade pode determinar um colesterol alto mesmo em pessoas de hábitos saudáveis. Para manter o colesterol controlado e a saúde em dia, faça exames regulares, mantenha uma alimentação adequada e saudável e pratique exercícios físicos.
O controle e tratamento das DCV e seus fatores de risco envolvem, além da prescrição medicamentosa, mudanças no estilo de vida, como a prática de atividade física e a adoção de uma alimentação adequada e saudável, baseada na ingestão de alimentos in natura ou minimamente processados
Entendenda o que é o colesterol
O colesterol pode ser considerado um tipo de gordura (lipídio) produzido pelo organismo, que desempenha funções essenciais como a produção de hormônio. Nosso sangue é composto por dois tipos de colesterol: o LDL, que é conhecido como ruim por entrar nas artérias, provocando seu entupimento; e o HDL, conhecido como bom, por retirar o excesso de colesterol das artérias, impedindo seu depósito e diminuindo a formação da placa de gordura.
LDL colesterol
Lipoproteinas de Baixa Densidade (LDL-c) – responsáveis pelo transporte de colesterol, produzido pelo fígado, para as células, onde serão utilizadas.
Se existir excesso de LDL-c na circulação, sem aproveitamento pelas células, aumenta o risco de aterosclerose (entupimento das artérias pela gordura). Por isso o LDL-c é chamada de “mau” colesterol.
HDL colesterol
Lipoproteinas de Alta Densidade (HDL-c) – responsáveis por retirarem o excesso de colesterol da circulação, levando de volta para o fígado. Por tal eficiência ele é considerado como “bom” colesterol. A função do HDL-c é carregar o colesterol de outras partes do corpo de volta para o fígado. O fígado, então, vai remover essa gordura do organismo. O fígado pode excretar ou reutilizar estas HDL-c.