Os rodoviários aceitaram a proposta de empresas de ônibus e do Ministério Público do Trabalho
Chegou ao fim a greve dos rodoviários, que durou cerca de 40 horas. Representantes da categoria participaram de uma reunião na tarde desta terça-feira (04), na qual ficou estabelecido um acordo entre patrões e empregados durante a audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Os trabalhadores de transporte rodoviário decidiram por aceitar a última proposta apresentada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus).
Apesar do acordo ter sido firmado, é possível que demore um pouco para o serviço de transporte ser normalizado. O presidente do Sindicato dos Rodoviários do Espírito Santo (Sindirodoviários-ES), José Carlos Sales Cardoso, disse que pode demorar um pouco, pois os motoristas e cobradores precisam se dirigir às garagens para pegarem os carros.
Acordo
Às 16h40, os representantes do Sindirodoviários decidiram por aceitar a proposta de 4,06% de reajuste nos salários, além de reajustes no ticket-alimentação, plano de saúde e seguro de vida. A notícia foi informada aos demais manifestantes durante assembleia realizada na Praça Oito, no Centro de Vitória.
O Governo do Estado informou que pediria à Justiça o aumento de R$200 mil para R$500 mil por dia da multa a ser paga pelos rodoviários por descumprimento da ordem judicial. Mas como parte do acordo, o Sindicato não será multado por não ter cumprido a determinação da Justiça de colocar 70% da frota em horários de pico e 50% nos demais quadros.
REIVINDICAÇÃO
O edital da greve foi publicado na última sexta-feira (30). A categoria reivindicava 4% de reajustes no salário. De acordo com o presidente do sindicato, “os rodoviários não aceitaram o reajuste de 2% repassado no salário e também nos benefícios, como plano de saúde e ticket alimentação dos trabalhadores” oferecido pelas empresas de ônibus.
Os representantes do GVBus fizeram uma nova proposta de reajuste aos trabalhadores de 3% a partir do próximo dia 23 de janeiro de 2019, sem reajuste no plano de saúde e auxílio-alimentação. Entretanto, a categoria não aceitou.
Algumas tentativas de negociação depois, a categoria aceitou o reajuste de 4,06% e aumento de R$ 2,50 em cada dia do tíquete-alimentação.
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