Em janeiro, o Espírito Santo foi o estado brasileiro que apresentou o maior crescimento de vendas no varejo restrito com alta de 8,8%
Por Amanda Amaral
No primeiro mês do ano, as vendas do comércio restrito cresceram 8,8% na comparação com dezembro de 2022 e o Espírito Santo obteve o melhor desempenho entre as Unidades da Federação (UFs). Na mesma base de comparação, o comércio ampliado – que inclui também bens duráveis como veículos e materiais de construção, apresentou alta de 6,6%.
As informações são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em todas as bases de comparação, o desempenho capixaba foi superior à média nacional, segundo o levantamento.
Uma análise elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES) pontuou ainda que o crescimento no comércio restrito capixaba foi recorde para um mês de janeiro na série histórica, assim como aconteceu no Brasil.
“Essa é a primeira divulgação da PMC após a reestruturação das pesquisas conjunturais do IBGE, com atualizações que incluem uma nova amostra de empresas, inclusão e exclusão de atividades, e alterações nos pesos dos produtos”, destaca a análise.
Na avaliação do Instituto Jones Santos Neves (IJSN), por meio de sua Resenha de Conjuntura, o resultado do comércio restrito pode estar associado as promoções de início de ano, o documento ressalta ainda que “ademais, ao superar os incrementos no volume de vendas registrados nos meses anteriores, o resultado de janeiro é um indício de que eventos importantes para o comércio como Natal e Black Friday não foram suficientes para alavancar o setor no final de 2023”.
Bases de comparação
No acumulado em 12 meses, o volume de vendas do varejo restrito aumentou +5,9% no Espírito Santo. Já comparação interanual, o volume de vendas do varejo restrito capixaba avançou +7,6%, colocando o estado capixaba na 10º colocação no ranking nacional.
No período, houve aumento no volume de vendas em quatro dos oito segmentos que compõe o indicador. Livros, jornais, revistas e papelaria foi o que obteve a maior alta (+58,9%). Em seguida, Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (+36,1%) e Combustíveis e lubrificantes (+15,1%).
Tecidos, vestuário e calçados; Artigos, farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; Móveis e eletrodomésticos (-1,0% em Móveis e +0,4% em Eletrodomésticos) e Outros artigos de uso pessoal e domésticos sofreram retração de -6,7%, -6,2%, -4,2% e -2,8%, respectivamente.
No acumulado em 12 meses, o varejo ampliado cresceu +1,0%. Na comparação interanual, houve expansão de +14,1%, quando três atividades exclusivas do comércio ampliado impulsionaram o crescimento. São elas: Material de construção (+38,8%); Veículos, motocicletas, partes e peças (+24,3%); e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (+9,3%).
Receita nominal
A receita nominal do varejo restrito capixaba cresceu em todas as medidas de desempenho, exibindo alta de +14,5% na comparação interanual e +18,6% no acumulado em 12 meses. Já no varejo ampliado, a receita nominal teve ampliação de +22,6% na comparação interanual e +14,4% no acumulado em 12 meses.
“Embora no acumulado em 12 meses a divergência entre volume e receita ainda permaneça acentuada, no cotejo com o mesmo mês do ano anterior é possível observar uma redução desta disparidade, denotando um alívio da pressão inflacionária sobre o comércio varejista do Espírito Santo, nesta base de comparação”, destaca o documento do INJS.
