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sexta-feira, 26 abril, 2024

Ano sinaliza estabilidade nas vendas

Perspectiva para 2020 é que recuperação da economia ganhe mais ritmo

O ano de 2019 começou com a expectativa de ser um marco de encerramento de um histórico de quatro anos de derrocada econômica no país. No entanto, apesar de não haver uma crise no setor, também não há motivos para comemorações. No Espírito Santo, os indicadores de vendas se mantiveram instáveis este ano. Mesmo sem consolidar uma tendência de crescimento, o comércio restrito acumulou de janeiro a setembro uma alta de 5,0% e o comércio ampliado, de 4,6%, em relação ao mesmo período de 2018.

O faturamento real dos 10 segmentos que compõem o comércio varejista seguiu estável na passagem de julho para agosto, já descontados os efeitos sazonais, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Em um cenário de estabilidade mensal, o varejo completou seis meses sem registrar retrações no volume de vendas. Os destaques do mês que encerrou o primeiro semestre ficaram por conta dos avanços nas lojas especializadas em vendas de equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação (+3,8%) e, principalmente, pelo desempenho dos hiper e supermercados (+0,6) – maior segmento do varejo brasileiro em termos de faturamento.

Números

Os números apontam ainda que em setembro de 2019, o volume de vendas do comércio varejista nacional mostrou avanço de 0,7%, frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, quinto resultado positivo consecutivo, período em que o varejo acumulou ganho de 2,4%. No período notou-se o predomínio de resultados positivos em 22 das 27 unidades federativas, com destaque para: Minas Gerais (7,7%), Rondônia (6,3%) e Espírito Santo (4,0%).

Ano sinaliza estabilidade nas vendas

Varejo acumula crescimento de 2,4% em cinco meses, em 2019

Os índices do setor comercial foram positivos tanto para o fechamento do terceiro trimestre de 2019 (2,6%), como para o acumulado dos nove primeiros meses do ano (1,3%). Ambas as comparações contra iguais períodos de 2018. O indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 1,4% em agosto para 1,5% em setembro, sinaliza estabilidade no ritmo de vendas.

Considerando o comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas mostrou expansão de 0,9% em relação a agosto de 2019, sétima taxa positiva seguida, período em que o ganho acumulado assinalou 4,0%. Assim, a média móvel do trimestre encerrado em setembro (0,6%) mostrou aumento no ritmo das vendas em confronto ao trimestre finalizado em agosto (0,3%).

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no momento, as condições de evolução posicionam a economia brasileira num trilho em marcha lenta no curto prazo. Caso o Produto Interno Bruto (PIB) feche o ano em 0,9%, teremos pela terceira vez baixo crescimento. Consequentemente, entre 2017 e 2019, o país terá crescido 3,1%. Parece diminuto, considerando-se que não foi possível atingir o patamar esperado no começo deste ano. Contudo, é coerente afirmar que se espera que os efeitos decorrentes da crise de 2014-2016 sejam superados no ano que vem e nos seguintes.

Empregos

O mês de outubro registrou saldo positivo entre admissões e demissões e foi responsável pela criação de 1.913 empregos com carteira assinada no Espírito Santo, movimento de 28.902 contratações contra 26.989 dispensas. Considerando todos os setores, outubro é o terceiro mês consecutivo em que o mercado de trabalho formal do Estado criou postos de trabalho, sendo o melhor resultado para um mês de outubro desde 2013.
E as atividades que contribuíram para esse resultado positivo foram o comércio, com a criação de 1.762 vagas, e os serviços, que acrescentaram 1.386 empregos com carteira assinada ao mercado de trabalho capixaba.

A Fecomércio-ES avalia que os indicadores mostram a formação de uma tendência de crescimento importante. Gradativamente, o mercado de trabalho formal está se recuperando, e as expectativas para os próximos meses são positivas, sob as perspectivas de efetivação das contratações temporárias de final de ano. Além disso, há a expectativa de melhoria nos resultados das atividades econômicas ao final de 2019, refletindo-se diretamente nas contratações.

Supermercados

O setor supermercadista comprova a sua importância para a economia ao chegar ao fim de 2019 com 12 novas lojas e 3 mil postos de trabalho gerados no Espírito Santo, um crescimento de 24% em relação ao ano anterior. Atualmente, são 1.563 supermercados espalhados pelos 78 municípios capixabas, respondendo por pouco mais de 40 mil empregos diretos.

24% foi quanto o setor supermercadista cresceu em 2019

Os dados do Projeto Acaps Itinerante, censo da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), apontam ainda que todas as lojas juntas possuem uma área de vendas de mais de 725 mil metros quadrados e um total de 6.227 checkouts. “São números bastante expressivos, que mostram a existência de um grande investimento por parte dos empresários do setor em novos empreendimentos, com foco tanto na ampliação física quanto na modernização das lojas”, afirma o presidente da Acaps, João Falqueto.

O superintendente da entidade, Hélio Schneider, ressalta que o setor supermercadista deve fechar 2019 com o dobro de crescimento registrado no ano passado. “A previsão é chegar ao final do ano com, no mínimo, 4% de avanço. E em 2020, como reflexo de todo o investimento, a tendência é de que tenhamos um resultado ainda melhor”, frisa.

Um dos maiores eventos relacionados a supermercados no Espírito Santo, a Super Feira Acaps Pan Show, chegou à sua 33ª edição, que foi realizada entre os dias 17 e 19 de setembro 2019, no Pavilhão de Carapina, na Serra, e movimentou R$ 325 milhões em negócios. Neste ano, três novos parceiros aderiram ao evento: Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Espírito Santo (Sindipostos), Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Espírito Santo (Abih) e Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Espírito Santo (Sindbares).

Shoppings

De acordo com o Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers – Abrasce (ICVS-Abrasce), as vendas do setor cresceram 7,2% no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2018. No acumulado anual, o setor tem variação positiva de 8%.

Entre os fatores que contribuíram para o avanço considerável nos shoppings, estão a expansão do volume de crédito e a redução da inflação – que colaborou para aumentar o poder de compra das famílias –, além do crescimento da confiança do consumidor e da melhoria, mesmo que pequena, de oferta no mercado de trabalho. “Além disso, as datas comemorativas também impulsionaram as vendas no terceiro trimestre. No Dia dos Pais, registramos aumento de 5,1%; e de 16,8% na Semana do Brasil, evento inédito que movimentou o varejo brasileiro”, afirma Glauco Humai, presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

O destaque do período foi julho, com crescimento de 10,5% nas vendas. “As férias escolares e o lançamento de filmes infantis, com sucesso de bilheteria, foram determinantes para alavancar os números do mês, que apresentou a segunda maior alta do ano. Fevereiro continua com o melhor resultado de 2019, quando as vendas tiveram elevação de 11,7%”, reforça o presidente da Abrasce.

O setor segue otimista, mesmo diante de um crescimento econômico ainda muito discreto, investindo em melhores ofertas e novas formas de consumo. “Os shoppings estão atentos às tendências mundiais para sempre inovar e atender às necessidades de seus clientes, em todos os canais, seja on, seja offline”, ressalta Humai.

A expectativa da Abrasce é que o setor continue crescendo até o final do ano e, por isso, a entidade mantém a projeção de 7% de expansão em 2019. Em outubro, por exemplo, os shoppings tiveram ótimo desempenho de vendas no Dia das Crianças, com alta de 9,9% em relação a 2018, superando uma das datas mais importantes do varejo, o Dia das Mães (9,4%).

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