Mais de 500 mil vidas podem ser salvas nos próximos seis meses com a vacinação contra a covid-19 de populações de alto risco, de acordo com estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) publicado nesta quarta-feira (07).
Por Matheus Andrade (Agência Estadão)
Antes da reunião de ministros da Finanças e dirigentes de bancos centrais do G-20, o organismo relembra sua proposta de investimentos de US$ 50 bilhões em imunização, e afirma que essa é a melhor alocação de recursos públicos possível. O apoio do grupo de países pode ajudar na meta de vacinar ao menos 40% da população de todos os países ao fim de 2021, e ao menos 60% até metade de 2022, segundo o Fundo.
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O panorama global do FMI observa um “aprofundamento das divergências econômicas, com um grande número de países que estão ficando para trás”. De acordo com estudos, o mundo está enfrentando uma piora na “recuperação de duas vias”, impulsionada por diferenças dramáticas na vacinação, taxas de infecção e capacidade de fornecer suporte econômico.
Em nações onde as infecções estão aumentando rapidamente, “é fundamental que famílias e empresas continuem a receber apoio”, afirma a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva. “Isso requer medidas fiscais direcionadas, dentro de quadros credíveis de médio prazo”, lembra a dirigente. “A fim de manter as expectativas de inflação bem ancoradas, grandes bancos centrais devem cautelosamente comunicar seus planos”, aponta a líder, lembrando que isso “também ajudaria a evitar o excesso de volatilidade financeira em casa e no exterior”.