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sexta-feira, 26 abril, 2024

Coletivo: traz à luz a jornada de criação dos filhos sem a figura paterna

No Brasil, cinco milhões de crianças não têm o nome do pai no registro de nascimento e são cuidados somente pelas mães. Em uma ação de sororidade o restaurante Fitó, liderado por mulheres, vai reverter parte da renda para apoiar as mães solo do movimento

O mês de agosto nos faz refletir ainda mais sobre a maternidade solo, pois a alienação parental é uma dura realidade para 11 milhões de mulheres em todo o país, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). O Instituto constata também que no universo de mais de 80% das crianças que têm como primeiro responsável uma mulher – 5,5 milhões não têm o nome do pai no registro de nascimento. Além disso, as mães são chefes de família em mais de 40% dos lares brasileiros, o que equivale a 60 milhões de domicílios.

Em São Paulo e Região Metropolitana não é diferente e cerca de um milhão de mães solo, que vivem na periferia em sua maioria, enfrentam desafios diários para criar os filhos. Por isso, o Coletivo de Apoio à Maternidade Solo, foi pensado para ajudar a transformar a realidade dessas mulheres, de forma a impactar o desenvolvimento de centenas de crianças.

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O Coletivo de Apoio à Maternidade Solo foi criado em março de 2020 por iniciativa de Thais Cassapian, mãe solo, professora e porta-voz do movimento que tem recebido apoio de parceiros como a agência DoisUm e do Restaurante Fitó, casas formadas por mulheres que praticam a sororidade.

Durante todo o mês de agosto, parte da renda do restaurante Fitó vai ser revertida para o Coletivo de Apoio à Maternidade Solo. A ação também acontece nas redes sociais com o engajamento de todas e todos nas redes sociais em prol da causa tão importante. “Com essa relação esperamos que mais pessoas conheçam sobre a realidade de tantas mães que se encontram sozinhas, e que possam apoiar o projeto”, diz nota do restaurante.

“Estamos felizes com esta parceria que reforça o laço entre as mulheres que lutam todos os dias para, ainda mais neste momento, alimentar os filhos neste cenário da pandemia que ainda persiste e traz os reflexos sociais e econômicos afetando sobretudo as pessoas mais pobres”, afirma Thaís Cassapian. “Foi a partir do coletivo que eu comecei a ver o recorte das mulheres que estão na periferia, sem poder trabalhar, com filhos dentro de casa sem irem à escola. Precisamos de políticas públicas que deem condições a essas mulheres para cuidar de suas famílias, como acesso ao trabalho e qualidade de vida.”

Rede de apoio

O Coletivo de Apoio à Maternidade Solo formou uma verdadeira rede de apoio às mães que sofreram o abandono dos pais de seus filhos. No grupo, as mulheres são acolhidas, trocam experiências, orientações e se conectam com outras mães para se fortalecer.

Por meio de um aplicativo de mensagens, Thais construiu uma rede virtual de voluntários que se organizam arrecadando, montando e entregando kits de doações a 130 famílias atendidas pelo Coletivo na capital paulista e nas cidades de Itapevi e Osasco.

O grupo vai além, buscando parcerias e consultorias para as mulheres que estão sendo ameaçadas de despejo, para as que precisam receber acompanhamento psicológico e sobre aleitamento materno. As contribuições muitas vezes ajudam na compra de coisas básicas, como um berço ou gás de cozinha.

“A nossa intenção é que mais kits cheguem a um número maior de mulheres. Que possamos aumentar ainda mais essa rede de apoio para oferecer não só comida ou consultoria, mas também oportunidades de emprego”, completa Thais.

Com informações de Assessoria Ecco Comunicação

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