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domingo, 16 DE fevereiro DE 2025

Sidônio: mudanças nas redes sociais prejudicam a democracia

Futuro ministro da Secom comentou decisão da Meta sobre plataformas

O publicitário Sidônio Palmeira, que será o próximo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), comentou nesta quarta-feira (8) as mudanças anunciadas pela multinacional Meta, empresa de tecnologia que controla Facebook, Instagram e Whatsapp, no funcionamento dessas redes sociais. Entre as alterações, está uma nova política de moderação de conteúdos nessas plataformas, que inclui o fim do programa de checagem de fatos que verifica a veracidade de informações que circulam nas redes, o fim de restrições para assuntos como migração e gênero, e a promoção de “conteúdo cívico”, entendido como informações com teor político-ideológico.

“Isso é ruim pra democracia. Por quê? Porque você não faz o controle da proliferação do ódio, da desinformação, da fake news. Esse que é o problema. E a gente precisa ter um controle. É preciso ter uma regulamentação das redes sociais. Isso tem que estar acontecendo na Europa, nos países daqui. Por que que nos Estados Unidos, muitas vezes, botam pra fora lá o TikTok e não querem? Por que que a China barra isso? E por que que a gente fica exposto a tudo isso? Essa é a pergunta”, afirmou o publicitário a jornalistas, no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (8) após participar do ato político em defesa da democracia e em memória dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Embora as novas regras da Meta, por enquanto, só tenham validade dos Estados Unidos, o futuro ministro de Lula disse que cabe aos países, de forma soberana, estabelecerem uma legislação que abranja o funcionamento do setor, sem especificar. “Agora, a decisão da meta é uma decisão de uma empresa. O governo brasileiro e a justiça brasileira podem adotar outros critérios. Claro, claro. A gente tem um país autônomo, independente, que vai tomar as medidas necessárias”, afirmou.

O atual secretário de Políticas Digitais da Secom, João Brant, já havia criticado nesta terça-feira (7) o anúncio da Meta. Segundo ele, a empresa sinaliza de forma explícita que não aceita a soberania dos países sobre o funcionamento do ambiente digital, em uma antecipação de ações que serão tomadas pelo governo de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, que toma posse no dia 20 de janeiro.

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Novo ministro

Sidônio foi anunciado ontem (7) como novo ministro, no lugar de Paulo Pimenta, e deve ser empossado na próxima terça-feira (14). Na conversa com jornalistas, ele revelou que o presidente Lula, na metade do mandato, espera que a Secretaria de Comunicação Social possa comunicar com eficácia as ações do governo para a população pelos próximos dois anos.

“O governo tem muita coisa e a sensação que eu tenho é o seguinte, a expectativa do governo é maior do que o governo e o governo é maior do que a percepção popular. O ideal, no governo, é que os três [pontos] estejam alinhados. É nossa compreensão. E aí, como fazer isso? Aí tem a questão de comunicação, tem a questão de gestão e tem a questão de política”, observou. (Agência Brasil)

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