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sábado, 27 abril, 2024

Endereço da História: Rua Francisco Rubim

Uma homenagem ao administrador colonial português que foi nomeado para o cargo de governador da Capitania do Espírito Santo

Por Wesley Ribeiro 

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Francisco Alberto Rubim da Fonseca e Sá Ferreira Fonte: Paulo Stuck

Por se tratar de um lugar ímpar, Bento Ferreira é um dos bairros mais importantes da capital capixaba. Situado entre os bairros Monte Belo, Horto, Praia do Suá e Jesus de Nazareth, Bento Ferreira tem acesso a vias muito conhecidas como a Avenida Marechal Mascarenhas de Morais, a Avenida Leitão da Silva e a Avenida Vitória.

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É também em Bento Ferreira que se localizam a Prefeitura Municipal de Vitória, o Departamento de Imprensa Oficial, o SENAI, a APAE, o Clube Álvares Cabral, assim como o Centro de Formação Martim Lutero e o Estádio Salvador Venâncio.

No entanto, não são apenas essas importantes instituições e estabelecimentos que se destacam. Uma via na parte central do bairro também se destaca pela história. A Rua Francisco Rubim recebeu esse nome em homenagem a Francisco Alberto Rubim da Fonseca e Sá Ferreira, o Capitão de Mar e Guerra, que chegou a ser governador da Capitania do Espírito Santo e fez muito pelo estado.

Filho de uma família tradicional portuguesa, Ferreira nasceu em Lisboa, capital de Portugal, na freguesia de Santa Isabel, em 13 de abril de 1768, portanto há 154 anos. Seus pais foram José Pedro Rubim e Eusébia Teresa da Fonseca Sá Pereira.

Ferreira recebeu a educação básica em seu país natal e casou-se com Dona Francisca Antunes Maciel da Costa, com quem teve um filho a quem deram o nome de Brás Rubim, nascido em Vitória, no Espírito Santo, em 1º de fevereiro de 1817. Um capixaba da gema.

Era considerado um político português e um administrador colonial português de excelente desempenho. Tanto que, em 12 de junho de 1812, foi nomeado para o cargo de governador da Capitania do Espírito Santo, havendo chegado em terras capixabas no dia 1º de outubro daquele mesmo ano. Tomou posse no dia 5 do mesmo mês (1812-1819).

Antes de ser transferido para o Brasil, o Capitão de Mar e Guerra, prestara relevantes serviços à Marinha nos mares da Ásia e África. “Homem de princípios sadios, esposou o mandato com interesse, energia, inteligência e sentimento humano”.

Durante a sua administração, abriu estradas, expandiu as lavouras, incentivou a migração e o melhoramento da navegação.

Há muito que se destacar na gestão de Ferreira. Em 15 de fevereiro de 1813, criou a povoação de Viana, depois Vila (Vitória). Promoveu a fundação da nova Casa de Misericórdia e Hospital. Também reformou a Fonte de São João e incentivou a vinda de imigrantes para a Capitania.

E não parou por aí. Em 3 de agosto de 1813 e 19 de novembro do mesmo ano, criou a cadeira de primeiras letras na Vila do Espírito Santo (Vila Velha) e na Vila de Itapemirim. No ano seguinte, fez levantar a planta topográfica e perspectiva da Vila, hoje Vitória.

Em 1819, deixou o governo do Espírito Santo, sendo transferido para o Ceará. Seu filho nascido em Vitória, contava a essa época com 1 ano de vida. Em 1822, o menino Braz era levado, junto com à família para Portugal.

Foi parabenizado por Dom João VI, rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves de 1816 a 1822, pelos esforços para o desenvolvimento do Espírito Santo. Aos 74 anos de idade, faleceu em Lisboa, na freguesia da Encarnação, no dia 14 de novembro de 1842.

Por todos esses feitos em favor do Espírito Santo, hoje nomeia a Rua Francisco Rubim, em Bento Ferreira, via de acessos, via de histórias.

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