A produção cinematográfica foi resultado de uma jornada de sete anos de trabalho, pesquisa, gravações e edição. Ao relembrar esses símbolos da modernidade e irradiadores da cultura internacional, responsáveis por ditar comportamentos e movimentar a cidade, o cineasta provoca reflexões sobre a efemeridade e decadência das coisas com o avanço do adensamento urbano.

 

Kleber Mendonça recupera as memórias e revela curiosidades sobre os antigos ícones

urbanos que com o tempo foram fechados, passaram por processos de degradação, viraram farmácias, lojas de eletrodomésticos ou igrejas evangélicas.

Além da linguagem de documentário, as descobertas e a própria experiência do diretor nesses espaços são inseridas no decorrer da obra e dão o tom da identidade pela qual sua produção se tornou reconhecida, trazendo à tona hábitos sociais e culturais velados, por meio do viés de uma “história íntima”.

O documentário também recebeu elogios pela montagem de Matheus Farias, que alterna fotografias, vídeos de arquivo e filmagens produzidas para o longa-metragem. Outro ponto bem avaliado foi a trilha sonora provocante, em tom de “thriller”, presente na maioria das produções do diretor, com mixagem de Ricardo Cutz.