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sexta-feira, 26 abril, 2024

Quase 80% dos bares e restaurantes trabalharam no prejuízo em abril

Alto endividamento pressiona bares e restaurantes, diz pesquisa nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel)

por Samantha Dias

Pressionados pela queda no faturamento nos primeiros meses do ano em função das medidas restritivas de funcionamento na maioria dos estados, bares e restaurantes trabalharam no prejuízo e acumulam dívidas. Pesquisa nacional da Abrasel, realizada no começo de maio em todo o Brasil, mostra que 77% dos bares e restaurantes trabalharam no prejuízo em abril (contra 82% em março).

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O resultado é o atraso nos pagamentos, com 72% apresentando dificuldades para pagar impostos, aluguel, água/luz/gás e débitos com fornecedores. A parcela dos empresários com dificuldades para pagar salários ainda é alta, apesar da melhora em relação a abril: quase metade (49%) teve problemas para o pagamento do salário vencido em 5 de maio, contra 91% no mês passado.

Rodrigo Vervloet, presidente do SindBares e Abrasel no Espírito Santo, destaca que os estabelecimentos capixabas estão pedindo socorro para continuar trabalhando. “Fomos um dos primeiros setores a contar com protocolos de segurança para atender os clientes, porém, seguimos sendo punidos com um isolamento seletivo”, destaca.

A medida da ansiedade por crédito com taxas mais baixas e condições especiais fica evidente na pesquisa: 74% dos empreendedores (ou seja, três em cada quatro) dizem que farão um empréstimo do Pronampe quando o programa for reaberto.

Dos entrevistados, 75% dizem ter demitido funcionários nos primeiros meses do ano. Assim, não chega à metade os que pretendem colocar empregados em redução de jornada (44%) ou pensam em aplicar a suspensão de contrato (42%) – as duas podem ser usadas de modo combinado. A medida permitida pelas MPs que tem mais adesão é o adiamento no pagamento do FGTS: 58% dizem que irão usar este recurso.

“No Espírito Santo agimos, juntamente com o Sindicato laboral da categoria (Sintrahotéis), para proteger empregos e empresas por meio de acordos coletivos para concessão de férias e implementação de banco de horas negativos, mas depois de tanto tempo de restrições, a situação do setor formal é precária”, destaca Rodrigo.

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