Usina da Marca Ambiental em Cariacica tem previsão de começar a funcionar no segundo semestre de 2025
Por Kikina Sessa
A Marca Ambiental iniciou a construção da primeira usina de biometano do Espírito Santo. As obras de preparação do local e a construção das bases já estão em andamento para receber a estrutura. Também está sendo instalada uma rede de captação de biogás para abastecer a unidade.
Após a entrega dos equipamentos, prevista para abril de 2025, acontecem as etapas de montagem e integração dos sistemas da usina, além do comissionamento, necessário para garantir a operação. A estimativa da empresa é de que a planta comece a funcionar no segundo semestre de 2025.
O biometano é um combustível renovável e sustentável produzido a partir da decomposição do lixo e pode ser injetado na rede de distribuição para consumo residencial ou industrial.
Com capacidade para processar 2.500 metros cúbicos por hora de biogás, proveniente da decomposição dos resíduos das células de aterro sanitário da Marca Ambiental, a usina vai transformar esse biogás em biometano, um gás natural renovável que pode ser utilizado em diversas aplicações, desde indústrias até residências, e até mesmo como combustível veicular.
O investimento ganhou impulso adicional com a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 17% para 12% nas operações de biogás e biometano e para o Gás Natural Veicular (GNV), uma iniciativa do governo do Estado que entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2025. A medida faz parte do programa ES Mais+Gás, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento (Sedes), e tem como um de seus principais objetivos fomentar o gás natural e o biometano como alternativas mais limpas e sustentáveis de combustíveis.


“Estamos estruturando e fortalecendo estratégias, cada vez mais eficientes, para termos consolidado no Espírito Santo um ambiente favorável para impulsionar a transição energética, e o gás natural é a porta de entrada, principalmente pela capacidade de fornecer combustível menos poluente a setores de alto consumo, como transportes e indústria por exemplo. Com a redução de tributos temos menores tarifas para estimular o mercado. A evolução do ES Mais+Gás, em sintonia com um conjunto significativo de instituições que contribuem para o crescimento do programa, vai permitir que sigamos evoluindo na descarbonização, na ampliação oferta e no estímulo ao consumo”, destaca o vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento do Espírito Santo, Ricardo Ferraço.
O diretor de energias renováveis da Marca Ambiental e Grupo Marca, Diogo Ribeiro, celebrou os avanços possibilitados pela redução do ICMS, e também citou a Lei Federal Combustível do Futuro como um importante incentivador do projeto. “A redução do ICMS foi fundamental para tornar o projeto competitivo e viabilizar a produção de biometano como uma solução sustentável para substituir os combustíveis fósseis”, pontuou.
Além do projeto em Cariacica, a Marca Ambiental acelera estudos para expandir a produção de biometano em Linhares. Com informações do governo do Estado