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terça-feira, 19 março, 2024

Prejuízo com fechamento de shoppings centers capixabas chega a R$ 1 bilhão

Parados desde o dia 19 de março, os estabelecimentos comercias apresentaram proposta ao governo do Estado, que decidirá amanhã (30) se reabrem ou não

Os shoppings centers da Grande Vitória estão fechados desde o dia 19 de março, por meio de um decreto estadual a fim de conter a pandemia do novo coronavírus. Segundo o coordenador estadual da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce)  e diretor-geral do Shopping Vitória, Raphael Brotto, o prejuízo pode chegar a mais de R$ 1 bilhão.

“Estamos fechados há 70 dias, mas para sobreviver muitos estabelecimentos estão trabalhando com delivery, e a partir do Dia das Mães – celebrado em 10 de maio – estão atuando com sistema drive-thru“, disse Brotto.

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Os shoppings centers do Estado são responsáveis por 30 mil empregos, entre diretos e indiretos, e abrigam cerca de 2 mil lojistas. De acordo com o coordenador da Abrasce, muitos desses empregos já estão comprometidos. “Infelizmente, já soubemos que 50% dos colaboradores já estão com os empregos ameaçados”, afirmou.

Reabertura

O governo do Estado vai decidir até este sábado (30) se reabre escolas e shoppings, que estão fechados desde março. O assunto será discutido na reunião da Sala de Situação, que trata dos assuntos referentes ao enfrentamento do novo coronavírus no Estado.

hopping Boulevard Vila Velha
As vendas caíram muito nos shoppings centers da Grande Vitória. – Foto: Reprodução

A proposta de reabertura foi entregue ao governo do Estado por representantes da Abrasce no dia 18 de maio. No documento, consta mais de 50 itens de segurança para quem for frequentar os malls, conforme explicou Brotto.

“Fizemos a proposta com protocolo com bases internacionais de abertura dos empreendimentos. Nosso protocolo é certificado pelo hospital paulistano Sírio-Libanês, que transmite grande credibilidade. Estamos aguardando uma resposta positiva do governo do Estado. Estamos confiantes”, afirmou o coordenador estadual da Abrasce.

Ele ressalta que a proposta é segura e que respeitam as normas de higienização recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “O protocolo que os shoppings vão cumprir é muito importante. E ele é rigoroso. As pessoas podem voltar a frequentar de forma consciente e se sentirem confortáveis. Lembrando que não haverá evento, cinema, nada ligado a lazer. Somente compras”, destaca Brotto.

Novos modelos

Shoppings centers e o comércio de rua nas cidades de São Paulo que foram autorizadas a retomar atividades econômicas terão de respeitar restrições ao número de frequentadores e limites de horário de funcionamento, segundo detalhes divulgados nesta sexta-feira, 29, pela gestão João Doria (PSDB).

Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, os shoppings e o comércio nas cidades da fase 2, laranja (como é o caso da capital paulista), só poderão operar atendendo 20% da capacidade, com um horário de abertura de quatro horas por dia.

No caso dos shoppings, as praças de alimentação devem ficar fechadas. Nas cidades que estão na fase 3, amarela, o horário será de seis horas e a capacidade, de 40%. “Ainda estamos em um momento de tomar muito cuidado, sair somente se for estritamente necessário”, disse a secretária.”Não estamos saindo a passeio. Temos de ter muita responsabilidade neste momento para que os resultados sejam alcançados.”

O Estado tem cinco fases de quarentena, vermelho, laranja, amarelo verde e azul, sendo a primeira a restrição total e última a liberação. Há uma série de protocolos em cada etapa. Na capital, o prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciou que a cidade ainda vai assinar protocolos reabertura, com associações representantes dos setores que poderão voltar a funcionar, antes de reabrir.

A partir de segunda-feira, dia 1º, a fiscalização ao comércio será reforçada. Lojas e shopping só poderão abrir após assinar os protocolos de higiene.

“Não vamos dar prazo, para não ficar refém desse prazo. Assim que a Vigilância Sanitária permitir, reabre”, disse Covas. “Apesar da autorização dada pelo governo do Estado, no dia 1º começa a análise dos protocolos. E vamos com fiscalização mais intensificada para a rua na segunda-feira”, comentou Covas, quando questionado sobre comércios que podem vir a reabrir antes da autorização municipal.

*Da redação, com informações da Agência Estado.

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