De acordo com anuário Finanças dos Municípios Capixabas, a redução de gasto pessoal foi causada pela pandemia
Por Josué de Oliveira
As prefeituras do Estado tiveram uma redução de 4% em gastos com a folha de pagamento em 2021. O motivo foi a Lei Complementar 173/2020, que proibiu os municípios de fazer contratações, concursos públicos e conceder reajustes salariais por conta da pandemia.
De acordo com os dados divulgados pelo anuário Finanças dos Municípios Capixabas, essa foi a segunda maior contração percentual desde o fim da década de 1990, sendo superada apenas pela redução de 6,4% em 2016.
Dos 77 municípios analisados pela publicação, 73% registraram redução real na despesa com pessoal.
As retrações mais expressivas foram registradas em Presidente Kennedy (-18%), Água Doce do Norte (-15,1%), Piúma (-14,8%), Ibitirama (-14%) e Itapemirim (-12,9%).
Vitória, a capital do Espírito Santo, apresentou a maior diminuição absoluta do Estado, da ordem R$ 77,1 milhões.
Por outro lado, 21 municípios assinalaram crescimento real na despesa com pessoal em 2021. São eles: Muqui (12,2%), São José do Calçado (11,1%), Águia Branca (9,2%) e Vila Pavão (8,6%), Viana (8,6%) e Cariacica (8,4%).
“A preços correntes, ou seja, sem considerar a variação do nível de preços, os dispêndios com pessoal subiram 3,8%. Porém, o crescimento inflacionário de 8,3% entre os preços médios de 2020 para 2021 foi decisivo para o recuo real de 4%”, explicou a economista e editora do anuário Tânia Villela.