Aplicações em CDBs ou LCIs/LCAs se colocam como alternativas mais rentáveis para os poupadores.
Por Gustavo Costa
Mesmo ainda sendo a mais conhecida aplicação de renda fixa no país, a caderneta de poupança também amarga uma liderança pouco lisonjeira: a de pior escolha possível para alocar dinheiro na maioria dos casos. Não é por acaso que pelo quarto mês seguido as retiradas superaram os depósitos. Apenas no mês de outubro, a poupança registrou saldo negativo de R$ 12,157 bilhões, informou nesta sexta-feira (10) o Banco Central do Brasil.
Também de acordo com o BC, o saldo líquido da poupança até o mês de outubro está negativo em R$ 98,285 bilhões, contra os R$ 103,237 bilhões registrados em todo o ano passado. Os depósitos chegaram a R$ 321,9 bilhões e as retiradas totalizaram R$ 334,1 bilhões no último mês. Com o resultado de outubro, o estoque da poupança no país caiu para R$ 961, 763 bilhões após terminar setembro em R$ 968,327 bilhões.
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Com o rendimento cada vez menor da poupança, os investidores conservadores geralmente aportam em produtos como Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI), livres de Imposto de Renda, ou ainda os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), que mesmo pagando IR tem rendimento muito superior à caderneta. Esses produtos oferecem rendimentos consideráveis sobretudo em bancos menores, que precisam oferecer margem alta para serem competitivos.