Para acelerar as discussões, congressistas articulam entrega de carta assinada por empresários favoráveis à reforma ao presidente de Câmara
Com uma expectativa de aprovação da reforma tributária, parlamentares já começam a se movimentar para pressionar por um avanço da reforma administrativa. Nesta segunda-feira, 18, os senadores Efraim Filho (União-PB) e Izalci Lucas (PSDB-DF) e o deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), que participaram de encontro promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), afirmaram que o “o governo precisa dizer o que quer”.
Para os três, a reforma administrativa precisava ser feita antes da tributária. Os parlamentares chegaram a citar que no governo Bolsonaro tinha uma proposta na mesa, a PEC 32, mas que foi esquecida tanto na gestão passada, quanto na transição. O cenário ideal, defendem seria se fazer uma reforma administrativa primeiro “para entender o tamanho do Estado”. De acordo com eles, o governo precisa ter essa reforma como próxima prioridade.
“Precisamos que o governo diga o que ele pensa sobre isso. Se não quiser esse texto base da PEC 32 precisa mandar outro texto”, reclamou Passarinho.
De acordo com o deputado, no movimento de pressão, uma série de empresários assinará um documento a favor da reforma administrativa, que deve ser entregue ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Um dos pontos levantados pelos três é a criação de um incentivo para que o servidor realize um “bom trabalho” com meios de “disciplinar” quem não o faz. “Precisamos de uma carreira de Estado”, disse Izalci. “A legislação faz com que as pessoas, independente se estão trabalhando ou não, recebam mesmo que não estejam”, disse.
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Efraim Filho disse que existem legislações que engessam o progresso. Ele exemplificou que se o ex-presidente Juscelino Kubitschek tivesse que lidar com um licenciamento ambiental, não teria conseguido avançar o que avançou.
O senador também separou a última parte de sua fala para defender a reforma tributária. Efraim Filho disse que teve uma série de conversas em que empresários e expositores expressaram um desconforto com a matéria. Segundo ele, é preciso “avançar com o possível preso nesse atoleiro”. “É preciso ser muito talentoso para fazer pior do que está aí”, completou. Com informações de Agência Estado