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terça-feira, 23 abril, 2024

Anvisa reforça medidas preventivas em Portos e Aeroportos do Brasil

Após declaração da OMS sobre coronavírus, será ainda mais necessário colocar em prática os protocolos e recomendações para o combate e prevenção da doença

O coronavírus é uma emergência de saúde pública de preocupação internacional, declarou a Organização Mundial da Saúde (OMS), nessa quinta-feira (30). E a organização informou ainda que o vírus tem potencial de se propagar mais. O número de mortos por causa da epidemia sobe para 213 mortos na China e mais de 9 mil pelo mundo.

O Brasil não tem nenhum caso confirmado do vírus. Mas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero) se reuniram para alinhar e reforçar as ações preventivas adotadas em relação ao coronavírus (nCoV).

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O objetivo é manter em alerta os portos e aeroportos brasileiros. Esclarecer as medidas preventivas e procedimentos relacionados à movimentação de passageiros, havendo relato de caso suspeito a bordo. A Anvisa reforçou a importância de notificação imediata. A agência adotará o protocolo para tal situação, contando com o apoio de autoridades e operadores portuários e aeroportuários.

Todos os órgãos e empresas deverão disponibilizar equipamentos de proteção individual (EPIs) para servidores e funcionários que estiverem em contato com viajantes. “Os equipamentos devem ser utilizados apenas por funcionários que tiverem tido contato com casos suspeitos, porém essa orientação pode ser alterada”, disse a coordenadora de Infraestrutura e Meio de Transporte em Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados da Agência, Viviane Vilela.

Todos os planos de contingência já estão acionados. E foram reforçados os fluxos de atuação que devem ser seguidos diante da ocorrência de um caso suspeito. Da mesma forma, as funções desenvolvidas de acordo com os níveis de alerta. As informações foram repassadas ao Centro Integrado de Segurança Marítima (Cismar) da Marinha do Brasil e à Embaixada da China no Brasil.

Além disso, os portos e aeroportos foram orientados a intensificar os procedimentos de limpeza e desinfecção nos terminais e meios de transporte. Procedimentos determinados por meio da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 56, de 6 de agosto de 2008. Empresas que trabalham na limpeza e desinfecção de aeronaves devem usar os protocolos já existentes e utilizar os equipamentos de proteção individual (EPIs) ideais a cada caso.

Orientação

A fim de orientar os passageiros, A Anvisa inseriu no Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), o Civnet, um alerta aos sobre o novo coronavírus (nCoV). O Certificado é o documento que comprova a vacinação contra doenças, conforme definido no Regulamento Sanitário Internacional. É importante observar, porém, que não existe vacina contra os coronavírus.

O diretor-presidente , em exercício, da Anvisa, Antonio Barra Torres destacou que a notificação dos sintomas é compulsória e quem não fizer pode ser punido. “É compulsório, ele tem que fazer. Então, nos casos em que essa notificação for feita, a equipe terá acesso àquele veículo. Ela vai efetuar aquela triagem inicial e verificar se há subsídios mínimos que justifiquem demais medidas. Não se trata de algo que fica na escolha do comandante do navio. Ele é compelido por força dos diplomas legais que regem a profissão dele a fazer essa notificação”, afirmou.

Emergência de Saúde Pública

Até o momento, a OMS, havia usado a denominação “emergência de saúde pública de interesse internacional” apenas em casos raros de epidemias que exigem uma vigorosa resposta internacional, como a gripe suína H1N1 (2009), a polio (2014), o zika vírus (2016) e a febre ebola, que devastou parte da população da África Ocidental, entre os anos de 2014 e 2016, e atinge a República Democrática do Congo desde 2018.

No Espírito Santo

O Plano Estadual de Enfrentamento e Controle do Novo Coronavírus, elaborado junto à Anvisa, definiu a forma que será o atendimento em caso de suspeita de contaminação no Estado. “Os profissionais vão colher o material e enviar para o nosso laboratório central, que tentará identificar se o caso não é de outra doença respiratória ou viral. Se necessário, esse material será reencaminhado a FioCruz no Rio de janeiro, que será capaz de fazer a identificação do coronavírus”, explicou o coordenador do Centro de Operaçõres Estratégicas do ES, Luiz Carlos Reblin.

A partir do momento em que for confirmada a infecção por coronavírus, esse paciente pode receber dois tipos de atendimento. “se o caso for leve, como a maioria, ele deverá ficar em isolamento domiciliar, com a nossa assistência. Se o caso for grave, poderá ser hospitalizado”, esclareceu.

Aeroporto e Porto

Passageiros que desembarcam no Aeroporto de Vitória já ouvem mensagem de alerta sobre o coronavírus. Os sinais sonoros tem duração de um minuto sobre os sintomas da doença e sobre medidas para evitar a transmissão. São emitidos em português, inglês e mandarim. O alerta sonoro se deu em cumprimento à determinação da Infraero, de que todos os aeroportos do Brasil adotassem a medida desde o dia 24 de janeiro.

A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) emitiu uma nota garantindo que está preparada para cumprir o protocolo, se a situação assim exigir. Informa que “a Anvisa possui uma unidade operacional no Cais de Capuaba, realizando, rotineiramente, as atribuições que lhe compete, mas sempre interagindo com os técnicos do Porto de Vitória, visando o monitoramento e aprimoramento da capacidade de resposta no recinto alfandegado”.

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